Marianne deixando a corte de Herodes - 1887


tamanho (cm): 50 x 75
Preço:
Preço de venda2 761 SEK

Descrição

A obra "Marianne Saindo da Corte de Herodes" (1887) de John William Waterhouse encapsula com maestria os ideais estéticos e narrativos do movimento pré-rafaelita, encontrando-se num espaço onde convergem história, emoção e simbolismo. Waterhouse, um dos principais expoentes deste movimento, é conhecido pela sua capacidade de contar histórias através das suas imagens, em que cada elemento contribui para a narrativa visual que se desenrola perante o espectador.

Nesta pintura, Waterhouse centra-se na figura de Mariamne, uma mulher cujo destino está intimamente relacionado com a figura volátil e implacável de Herodes. A composição apresenta Mariamne num momento decisivo, onde a sua expressão reflecte um misto de dignidade, tristeza e resignação. Ela está no centro da obra, usando um vestido escuro e uma capa que envolve sua figura com um ar de fragilidade e força ao mesmo tempo. A paleta de cores, dominada por tons quentes e terrosos, contrasta com o fundo claro, enfatizando sua presença e a gravidade da cena.

A atenção meticulosa de Waterhouse aos detalhes manifesta-se na representação têxtil, onde as intrincadas camadas de suas roupas parecem quase palpáveis, adicionando uma textura tátil à tela. A luz suavemente filtrada revela as nuances de seus cabelos, iluminando o rosto de Mariamne e acentuando sua dor interna. Ao seu redor, o fundo é composto por colunas e uma paisagem ténue, um contexto arquitetónico que sugere uma atmosfera de julgamento e condenação, mas que também serve para enfatizar a figura solitária de Mariamne.

É importante notar que “Marianne Saindo do Tribunal de Herodes” é uma obra que transcende a mera narração de um acontecimento histórico, refletindo, em vez disso, temas universais de justiça, traição e condição humana. A representação de Mariamne não se limita apenas à sua tragédia pessoal, mas também simboliza a luta das mulheres num mundo dominado pelo poder masculino, tema recorrente no diálogo artístico da época.

Além disso, é interessante considerar que Waterhouse, muitas vezes inspirado na mitologia e na literatura clássica, encontrou nesta figura histórica um espaço adequado para explorar a complexidade das emoções humanas. A obra é um testemunho do seu domínio no uso da cor e da forma, bem como na representação da figura feminina, desafiando as convenções da arte do seu tempo. Neste sentido, a escolha de Mariamne como tema da sua pintura também pode ser interpretada como um comentário sobre a imagem feminina na sociedade vitoriana, ecoando as lutas contemporâneas pela igualdade e pelos direitos das mulheres.

Ao contemplar “Mariamne Saindo da Corte de Herodes”, o espectador encontra um convite à reflexão sobre o destino irrevogável que aguarda o protagonista. A obra de Waterhouse torna-se assim não apenas uma história visual, mas uma meditação sobre a fragilidade da vida e as decisões que marcam o nosso caminho. Esta pintura, com a sua riqueza emocional e técnica, continua a ocupar um lugar de destaque na história da arte, destacando-se como uma obra que fala tão poderosamente hoje como no momento da sua criação.

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