Ídolo - 1898


tamanho (cm): 75x55
Preço:
Preço de venda2 877 SEK

Descrição

O "Ídolo" de Paul Gauguin (1898) representa um momento crucial na evolução da arte moderna e revela o fascínio do pintor pela espiritualidade, mitologia e identidade cultural. Esta pintura é um claro reflexo da sua busca por uma linguagem visual que transcendesse as expectativas da arte ocidental do seu tempo, convergindo elementos simbólicos, formais e composicionais que convidam o espectador a uma experiência introspectiva.

Em “Idol”, Gauguin apresenta uma figura central que se destaca evocativamente num ambiente quase abstrato. A paleta de cores utilizada é intensamente rica e saturada, onde predominam os tons terrosos e variações de amarelo, laranja e verde. Esta escolha cromática contribui para criar uma atmosfera de mistério e espiritualidade, realçando a relevância desta figura icónica que parece ocupar o centro das atenções num contexto que mistura o real e o mítico. A figura, com seu estilo estilizado e quase primitivo, convida o espectador a refletir sobre as origens culturais e espirituais que cercam o conceito de ídolo. Através das suas formas simplificadas e da representação quase escultórica, Gauguin confronta-nos com uma visão que desafia a noção da pintura como mero espelho da realidade.

A composição da obra é essencial para compreender o seu impacto. Os contornos da figura são traçados de forma a contrastar efectivamente com o fundo, que é tratado com uma certa imediatez, talvez sugerindo uma realidade mais profunda ou metafórica que não pode ser apreendida a olho nu. A figura central está rodeada por uma aura de mistério, realçada pela forma como se situa no espaço pictórico, evocando um sentimento de contemplação. Esta fusão do figurativo com o abstrato ressoa com a busca de Gauguin de simplificar a forma e enfatizar a essência daquilo que ele procurava representar.

A obra inscreve-se no contexto da paixão de Gauguin pelas culturas não ocidentais e do seu desejo de encontrar uma representação artística que se afastasse do realismo do passado. Após as suas viagens à Polinésia, onde Gauguin se inspirou grandemente, “Idol” pode ser interpretado como uma procura de autenticidade num mundo cada vez mais industrializado e alienante. A figura idólatra não alude apenas a objetos de culto, mas sugere um ídolo num sentido mais amplo, como símbolo de espiritualidade e ligação com o sagrado.

A complexidade do “Ídolo” também pode ser compreendida através da sua relação com outras obras de Gauguin e seus contemporâneos. A obra reflete preocupações semelhantes às de suas outras criações, onde o simbolismo e o uso da cor se tornam ferramentas para explorar a narrativa pessoal e coletiva. Através da exploração de figuras e temas, Gauguin afastou-se das normas académicas numa tentativa de redescobrir a pureza primordial da arte.

Ao assistir “Idol”, o espectador não é apenas confrontado com uma obra-prima de composição e cor, mas também é convidado a se conectar com a jornada pessoal de Gauguin. Esta pintura, mais do que um mero objecto de admiração estética, constitui um testemunho da procura do artista pelas raízes da expressão humana, aproximando-se dos aspectos mais íntimos e espirituais da experiência vivida. A obra torna-se então um ponto de partida para um diálogo profundo sobre identidade, cultura e essência da arte num mundo em constante mudança.

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