Colhedores de manga (Martinica) - 1887


tamanho (cm): 75x55
Preço:
Preço de venda2 861 SEK

Descrição

A obra "Mango Pickers (Martinique)" de Paul Gauguin, criada em 1887, insere-se num período crucial da sua vida artística, onde a procura do primitivo e do exótico se confunde com uma técnica pictórica que desafia as convenções da tradição ocidental . Esta pintura, uma das que Gauguin realizou durante a sua estadia na Martinica, oferece-nos um vislumbre penetrante de uma cultura pela qual estava profundamente fascinado e que, por sua vez, lhe proporcionou uma paleta rica e vibrante.

Ao observar a composição, é possível perceber como duas figuras, aparentemente femininas, se dedicam à coleta de mangas em um exuberante ambiente tropical. As figuras estão na parte central da pintura, o que destaca sua importância dentro da cena. Eles estão vestidos com trajes simples, que conferem uma sensação de autenticidade ao momento retratado. Porém, sua representação é estilizada; Gauguin afasta-se do realismo ao tentar captar uma essência mais profunda, evocando a vida quotidiana sem aderir a uma fidelidade visual estrita. Os rostos dos colecionadores são pouco delineados, sugerindo que o fundamental não é a individualidade das pessoas retratadas, mas sim a sua ligação com a natureza e o trabalho que realizam.

O uso da cor neste trabalho é particularmente notável. Gauguin utiliza uma paleta que combina tons quentes, como os amarelos e laranjas do sol e das mangueiras, com verdes vibrantes que evocam a exuberante vegetação da ilha. Esta abordagem de cores não apenas reflete a beleza da paisagem caribenha, mas também ilustra a influência da luz e do clima tropical na percepção da realidade pelo artista. Sombras e contrastes de cores são usados ​​de forma expressiva, criando uma sensação de profundidade e ao mesmo tempo dando uma sensação de plano de imagem que se alinha com o simbolismo que Gauguin abraçou em seu trabalho.

A atmosfera da pintura parece lenta e contemplativa, e cada elemento da obra parece estar em harmonia com o todo. Isto ressoa com o desejo de Gauguin de escapar à vida europeia moderna e encontrar um significado mais profundo na sua arte através de um estilo que evocasse o primitivo. O seu desejo de se afastar do realismo e das complexidades da sociedade parisiense manifesta-se na simplicidade formal e na abordagem quase decorativa da natureza.

Durante sua estada na Martinica, Gauguin foi atraído pela ideia do primitivo, que influenciou muitos de seus trabalhos posteriores. “Mango Pickers” também pode ser visto como um precursor de sua própria evolução no sentido do uso de simbolismos e simplificação de formas que seriam mais evidentes em obras posteriores, como as do Taiti. Esta obra revela não só o seu interesse pela paisagem exótica e pela vida local, mas também a sua procura por uma linguagem pictórica que falasse de experiências mais universais e espirituais.

Em suma, "Mango Pickers (Martinique)" é uma prova do domínio de Paul Gauguin no uso da cor, forma e composição para expressar a sua visão artística. A ligação entre as figuras e o ambiente gerado sugere uma profunda admiração pela vida simples e pelas belezas naturais, elementos que se tornam o eixo central desta obra. A pintura não só documenta uma época e um lugar, mas também convida o espectador a meditar sobre as relações entre as pessoas e o seu ambiente, um tema que ressoa fortemente na arte contemporânea e continua a inspirar gerações de artistas.

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