As 10 esculturas mais belhas da humanidade

A estreita associação entre a escultura e a humanidade pode ser apreciada desde a antiga Grécia e Roma.

As esculturas frequentemente foram feitas para honrar os diversos deuses ou para mostrar a grandeza dos reis. Também podem ser observadas nos mitos clássicos, como as histórias de Deucalião e Pirra de Pigmaleão.

Hoje Kuadros quer honrar essa relação entre a escultura e o homem, escolhendo o que para a nossa opinião constituem as dez esculturas mais belas da história.

No. 1 Vênus de Willendorf - 28.000–25.000 AC

Vênus de Willendorf, também chamada Mulher de Willendorf ou Mulher Nu, é uma estatueta feminina do período paleolítico superior encontrada em 1908 em Willendorf, Áustria. A estatueta, feita de calcário tingido com pigmento vermelho ocre, data de cerca de 28.000–25.000 anos antes de Cristo. É diminuta, medindo apenas 11,1 cm de altura.

Alguns cientistas sugerem que pode ter sido um autorretrato elaborado por uma mulher. É o mais famoso de muitos objetos que datam da Idade da Pedra.

No. 2 Busto de Nefertiti - 1.345 AC

Nefertiti (que significa "a bela saiu") foi a grande esposa real do faraó egípcio Akhenaton durante o século XIV AC.

Este busto tem sido um símbolo da beleza feminina desde que foi descoberto pela primeira vez em 1912 nas ruínas de Amarna, a cidade capital construída pelo faraó. O busto não possui nenhuma inscrição, mas certamente pode ser identificado como Nefertiti pela coroa característica que usa, utilizada pela rainha em outras representações.

As inúmeras solicitações do governo egípcio ao Museu Neues de Berlim para o retorno oficial do busto têm sido uma fonte de alta tensão entre as duas nações desde então. O governo egípcio começou a questionar a posse de antiguidades por parte da Alemanha por meio da imposição de sanções.

No. 3 O Exército de Terracota - 210-209 AC

O Exército de Terracota é possivelmente uma das descobertas mais impressionantes da arqueologia. É um enorme arsenal de estátuas de barro enterradas em três tumbas massivas perto da tumba de Shi Huang, o jovem imperador obcecado pela imortalidade.

O exército de figuras foi criado com o objetivo de proteger o imperador no além. Conta com mais de 8.000 soldados, que estavam equipados com armas reais, além de 670 cavalos e aproximadamente 130 carruagens. Cada um foi elaborado em tamanho natural, embora a altura real varie de acordo com a patente militar.

O primeiro imperador imaginou um domínio subterrâneo que seria paralelo à sua existência mundana após a morte corporal.

No. 4 A Grande Esfinge de Gizé 7.000 AC

A Grande Esfinge é um dos monumentos mais famosos do mundo, uma estátua gigante de calcário. A figura é uma criatura mítica com o corpo de um leão e a cabeça de um humano.

A Grande Esfinge está entre as esculturas maiores do mundo, medindo aproximadamente 73 metros de comprimento e 20 metros de altura. A estátua foi esculpida em uma única peça de calcário. Segundo o pigmento encontrado, sugere que originalmente toda a superfície foi pintada. Os arqueólogos acreditam que teria levado aproximadamente três anos para erguê-la, utilizando martelos de pedra e cinzéis de cobre.

De acordo com estudos recentes, a Esfinge foi construída por volta de 7.000 AC, o que implica que foi obra de uma civilização avançada que precedeu os antigos egípcios.

No. 5 Vênus de Milo 130-100 AC.

Esta bela mulher, uma deusa, intrigou e fascinou os amantes da arte desde sua descoberta na ilha de Melos em 1820. Provavelmente representa a deusa Afrodite.

O marquês de Rivière a apresentou ao rei Luís XVIII, que a doou ao Louvre no ano seguinte. A estátua ganhou fama instantânea.

A deusa está envolta em uma camada de mistério, com uma atitude enigmática. As peças de mármore que faltam e a ausência de atributos dificultam sua restauração e identificação.

Acredita-se que o mestre Alexandros esculpiu esta obra-prima entre 130 e 100 AC. A inscrição na base que o identificava como o criador da Vênus de Milo se perdeu há quase 200 anos.

Hoje é admirada por sua imperfeição; inexplicavelmente, é a ausência dos braços que dá uma beleza especial a esta peça.

No. 6 A Pietà 1.499 AD

A Pietà foi comissionada por um cardeal francês para seu funeral. Este contratou o famoso artista para fazer um monumento para sua tumba que mostrasse uma cena popular na arte da Europa da época: o momento trágico da Virgem descendo seu filho Jesus da cruz.

Michelangelo afirmou que o bloco de mármore em que trabalhou era o bloco mais "perfeito" que já usou, e que era o trabalho mais refinado que havia feito.

A Pietà é considerada por muitos como a maior obra de Michelangelo, superando até mesmo David e o teto da Capela Sistina.

Durante sua restauração, descobriram uma assinatura secreta escondida na mão esquerda da virgem. Havia uma sutil "M" que se acredita representar Michelangelo.

A estátua atualmente está localizada dentro da Basílica de São Pedro. Foi transferida para lá em meados do século XVIII.

No. 7 O Laocoonte e seus filhos, século II AC

Talvez o Laocoonte e seus filhos sendo atacados por serpentes seja a escultura mais famosa da antiga Roma.

Sobre o mito grego em que se baseia a escultura, há muitas versões; não se sabe realmente quem foi o autor do ataque porque é atribuído a três autores, Atena, Poseidon e Apolo.

Laocoonte tentou advertir os líderes de Tróia para não trazerem o cavalo de madeira que haviam abandonado na praia para a cidade, porque pressentia uma armadilha. O castigo dado a Laocoonte por sua interferência foi que um dos deuses enviou as serpentes marinhas gigantes Porces e Caribdis para atacá-lo junto com seus dois filhos.

Hoje esta bela escultura repousa em exibição no Vaticano.

No. 8 O David de Michelangelo - 1.501-1.504 AD

A estátua de David é uma das obras mais reconhecidas do artista Michelangelo, e se tornou uma das peças mais famosas no mundo da arte.

O herói bíblico é representado nu, pacientemente esperando pela batalha, com uma funda em uma mão e uma pedra na outra. Suas mãos e sua cabeça parecem ser desproporcionais ao tamanho de seu corpo, possivelmente com a intenção de criar um efeito visual para os espectadores que veriam a estátua no alto da catedral.

A narrativa da batalha entre David e Golias nos conta que o adolescente teve que enfrentar o gigante Golias, o filisteu que não podia ser derrotado pela força. David precisava de astúcia e habilidade para derrotar alguém maior que ele, e fez isso com a famosa funda lançando uma pedra certeira em sua cabeça.

A estátua deveria ter sido colocada originalmente no domo da catedral de Florença. Mas assim que David a terminou, todos sabiam que não podia ser levada para aquele ponto porque já havia se tornado uma obra-prima a ser apreciada. Finalmente, optou-se que fosse colocada abertamente na Piazza della Signoria.

Atualmente, encontra-se exposta na Galeria da Academia de Florença.

No. 9 Perseu com a cabeça de Medusa, Antonio Canova - 1.804-6 AD

Antonio Canova construiu esta estátua duas vezes. A primeira versão é exibida no Museu do Vaticano e é conhecida como Perseu Triunfante. Uma réplica encontra-se atualmente no Museu Metropolitano de Arte.

Na estátua, Perseu está quase nu. Ele é mostrado como uma figura triunfante, com a cabeça de serpente de Medusa levantada em sua mão esquerda. Nesta escultura, o braço estendido de Perseu e a cabeça de Medusa deslocam ligeiramente o centro de gravidade.

Na mitologia grega, Perseu foi o filho de Júpiter ou Zeus em grego. Polidectes, o Rei de Sérifos, ordenou a Perseu que lhe entregasse a cabeça de Medusa como um presente de casamento. Perseu usou um escudo brilhante que recebeu de Atena para evitar olhar diretamente nos olhos de Medusa. Após uma longa batalha, o herói conseguiu cortar-lhe a cabeça.

Quando Perseu retornou ao rei Polidectes, mostrou-lhe a cabeça de Medusa, que transformou Polidectes em pedra. Esta foi a vingança de Perseu quando descobriu que Polidectes havia abusado de sua mãe.

No.10 Êxtase de Santa Teresa 1.647–52 AD

O Êxtase de Santa Teresa é considerado por muitos como o auge de Bernini.

Canonizada em grande parte pelas visões espirituais que experimentou, santa Teresa de Ávila era uma freira que vivia na Espanha do século XVI, no auge da Reforma.

A sensualidade da peça está ligada aos escritos de Santa Teresa, nos quais descreve suas experiências místicas em termos quase eróticos: "... Ao meu lado, na mão esquerda, apareceu um anjo em forma corporal ... Não era alto, mas baixo, e muito bonito; e seu rosto estava tão inflamado que parecia ser um dos anjos mais altos, que parecem estar em chamas ... Em suas mãos vi uma grande lança dourada, e na ponta de ferro parecia haver um ponto de fogo. Isso mergulhou em meu coração várias vezes ... e me deixou completamente consumida pelo grande amor de Deus. A dor foi tão severa que me fez pronunciar vários gemidos. A doçura causada por essa intensa dor é tão extrema que não se pode desejar que cesse, nem a alma está contente com nada além de Deus. Isso não é uma dor física, mas espiritual, embora o corpo tenha algo a compartilhar, mesmo uma parte considerável ... ".

KUADROS ©, uma pintura famosa na sua parede.