Autorretrato - 1856


tamanho (cm): 50 x 60
Preço:
Preço de venda€209,95 EUR

Descrição

O Auto-Retrato de Edgar Degas, pintado em 1856, é uma obra que permite vivenciar um lado íntimo e pessoal do artista, que se destaca como um dos mais influentes do movimento impressionista. Este retrato, que nos mostra Degas num momento de introspecção, destaca não só a sua habilidade técnica, mas também a sua visão particular de si mesmo e do seu ambiente. Neste autorretrato, Degas aparece de meio corpo, com uma ligeira curvatura na figura que sugere uma atitude contemplativa, quase introspectiva. Seu olhar, penetrante e ao mesmo tempo distante, parece se conectar com o espectador, convidando à reflexão sobre o indivíduo que se escondia atrás do pincel.

Vale destacar a composição visual da obra. Degas utiliza uma paleta de cores terrosas e saturadas, onde predominam os castanhos e os ocres, criando uma atmosfera que evoca uma sensação de calor, mas também de melancolia. A textura aplicada através de pinceladas leves e soltas reforça a sensação de imediatismo e espontaneidade, destacando o domínio de Degas na pintura a óleo e sua capacidade de capturar a essência de um momento. A luz parece emanar de um ponto invisível, iluminando sutilmente seu rosto e sua roupa escura, enquanto as sombras desempenham um papel crucial na formação de sua figura e dando-lhe profundidade.

Um aspecto interessante deste autorretrato é a forma como Degas apresenta a sua própria imagem em estado de reflexão. Ao contrário de outros autorretratos da época, onde o artista muitas vezes se retratava com uma atitude grandiosa ou heróica, neste caso a humildade e o autoquestionamento são palpáveis. Esta representação pode ser interpretada como um eco das tensões internas do artista, que muitas vezes se encontrava dividido entre a necessidade de aceitação no mundo da arte e o seu desejo intrínseco de perseguir a sua própria voz estética.

Degas, frequentemente associado às suas obras que retratam a dança e a vida urbana, também explora a psicologia do indivíduo neste autorretrato, afastando-o de exercícios meramente anedóticos. A imagem reflete uma convergência de conflitos internos e uma busca pela autoexpressão que ressoa com a abordagem de muitos artistas modernos que viriam a seguir no século XX. O seu estilo, cada vez mais caracterizado por uma atmosfera subjetiva, pode ser considerado premonitório de correntes posteriores que explorariam a complexidade da identidade.

A influência de Degas vai além de seus contemporâneos; sua técnica e exploração psicológica afetam gerações posteriores de artistas. Este autorretrato é uma peça chave que ilustra a transição da arte académica para o impressionismo e, posteriormente, para conceitos mais abstratos do século XX. Outras obras de Degas, como os seus retratos de bailarinos ou cenas da vida quotidiana, beneficiam da sua capacidade de captar movimento e emoção, elementos que também estão presentes neste autorretrato, embora de forma mais subtil.

Concluindo, o Auto-Retrato de 1856 é um testemunho da preocupação e da mestria de Edgar Degas. A obra não só oferece uma janela para a alma de um artista num momento específico da sua vida, mas também revela a sua evolução rumo a uma forma de ver a arte que transcende a pura representação visual, sugerindo um diálogo contínuo entre o autor e o espectador. É uma obra que nos convida a contemplar não só o retrato externo, mas também a rica complexidade do ser humano, tema que fascinou artistas ao longo da história.

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