Rainha Maria Antonieta a caminho de sua execução - 1793


tamanho (cm): 50x75
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Preço de venda€238,95 EUR

Descrição

A obra "Rainha Maria Antonieta a caminho da sua execução", criada em 1793 por Jacques-Louis David, capta um momento histórico monumental que revela não só a queda de uma figura icónica, mas também a mudança radical na política e na cultura na revolução França. Jacques-Louis David, um notável mestre do neoclassicismo, encontra um equilíbrio entre a narrativa emocional e a composição rigorosa, articulando a tragédia da rainha através da sua profunda compreensão da forma e da luz.

Na pintura, Maria Antonieta é o centro indiscutível da composição. Sua figura fica diante de uma multidão ao fundo, que representa um povo ansioso e possivelmente hostil. O uso da cor na obra é particularmente evocativo; A rainha, vestida com um vestido branco simples que contrasta com as roupas escuras dos seus captores e do público que a rodeia, destaca-se pela sua luminosidade. Este branco, longe de ser um símbolo de pureza, pode ser interpretado como a representação da sua vulnerabilidade e o eco do seu estatuto perdido, realçando a sua transformação de monarca em prisioneira.

O olhar de Maria Antonieta é pensativo, preso entre a desgraça iminente e seu passado na corte. David emprega o uso magistral do espaço e da posição para construir a narrativa; A rainha não é apenas um sujeito passivo da situação, mas na sua postura e gesto sugere tanto dignidade como resignação. A sutil inclinação de sua cabeça para o lado evoca uma mistura de aceitação e melancolia que ressoa profundamente no espectador.

A multidão heterogénea que o rodeia é um elemento crucial da obra. Os rostos dos presentes variam em expressão; alguns parecem indignados, enquanto outros permanecem indiferentes. Este retrato da multidão, símbolo da Revolução, acrescenta uma camada de complexidade à análise da obra. David, uma testemunha da Revolução, levanta questões sobre a moralidade e o julgamento popular no contexto da própria execução. A forma como a multidão escurece em comparação com a figura central da rainha não só enfatiza a sua solidão, mas também reflecte o fosso crescente entre os governantes e o povo.

A técnica de David na representação desta cena é consistente com as características do neoclassicismo, onde se valoriza a clareza composicional e a atenção aos detalhes. As linhas retas e a estrutura do projeto contrastam com a turbulência emocional inerente ao evento. Além disso, o artista se preocupa com os detalhes históricos, pois busca representar com precisão as vestimentas e o ambiente de sua época. David aborda assim a memória colectiva, criando uma imagem que perdura para além do momento específico que ilustra.

A peça, originalmente considerada um ato de propaganda na época, evoluiu em sua interpretação, agora vista como uma análise da tragédia humana pelo prisma do poder e da queda. Jacques-Louis David não só homenageia Maria Antonieta, mas também oferece uma crítica implícita da dinâmica social e política do seu tempo, desafiando o espectador a refletir sobre a natureza do poder, do sofrimento e da memória. Na iconografia da "Rainha Maria Antonieta a caminho de sua execução", estão encapsulados os conflitos mais profundos da Revolução Francesa, que ainda ressoam na história contemporânea.

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