Sagrada Família e Doadora - 1514


tamanho (cm): 60 x 50
Preço:
Preço de venda€210,95 EUR

Descrição

A pintura de Ticiano, "Sagrada Família e Doadora", pintada em 1514, é um magnífico exemplo do virtuosismo do mestre veneziano e de sua capacidade de fundir a iconografia religiosa com a intimidade do retrato. Nesta obra, Ticiano demonstra sua maestria no uso da cor e da composição para criar uma história visual que transcende o meramente figurativo, capturando a contemplação espiritual do doador ao mesmo tempo em que apresenta o tema sagrado da Família de Cristo.

A obra apresenta um esquema composicional centrado em um triângulo, onde os indivíduos se organizam em perfeito equilíbrio. A Virgem Maria, com o seu exuberante manto azul e abdômen proeminente, segura o menino Jesus que, num gesto de curiosidade, olha para o espectador. Tanto Maria como a criança são figuras de vitalidade e humanidade, incitando o espectador a participar na sua intimidade. Neste centro radiante, observa-se que Jesus, nu e vulnerável, contrasta com a vestimenta do doador, que está na parte inferior da obra, retratado em sua vestimenta renascentista rica em texturas e nuances. Este personagem, de rosto sereno e mãos postas, aparece diante da Sagrada Família como um intermediário, um sujeito que reconhece o divino. O seu posicionamento na obra não só estabelece uma relação direta com o sagrado, como também reforça a ideia de devoção que caracteriza as obras de arte sacra da época.

O uso da cor nesta pintura é particularmente notável, com uma paleta rica que mostra a capacidade de Ticiano de criar profundidade e emoção através de tons vibrantes. Os tons quentes da pele da criança contrastam com os azuis e vermelhos das roupas, criando uma profunda sensação de presença e tridimensionalidade. Esta técnica, característica do colorismo veneziano, realça a vitalidade dos temas, enquanto o sombreamento subtil permite que a luz ilumine suavemente as carícias da pele, conferindo um sentido quase etéreo à representação do sagrado.

Ticiano é conhecido por sua inovação na Renascença, e esta obra não é exceção. A inclusão de um doador numa cena da Sagrada Família não é uma questão trivial; Está enraizado na tradição dos trabalhos de altar, onde o doador é frequentemente retratado para enfatizar a sua piedade e ligação à divindade. Através desta inclusão, Ticiano não só documenta um modo de devoção pessoal, mas também reflecte uma mudança no patrocínio das artes na Renascença, onde profissionais ricos e clérigos procuravam ligar o seu estatuto social à sua espiritualidade. A necessidade de ser lembrado na eternidade através da arte ressoa na figura do doador, que parece implorar com o olhar a intercessão da Sagrada Família.

A “Sagrada Família e Doadora” é uma obra que, embora pertencente ao seu tempo, mergulha profundamente no objetivo espiritual da arte. Com sua técnica magistral e foco humano no divino, Ticiano transcende o mero retrato, convidando o espectador a uma experiência contemplativa que provoca reflexões sobre o devoto, a fé e a arte como veículo de comunicação entre o céu e a terra. No contexto da sua produção, esta obra sublinha a singularidade de Ticiano e a sua capacidade de combinar formas de arte e espiritualidade de uma forma que continua a ressoar no espectador contemporâneo.

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