Íris - 1856


Tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de venda₩353,000 KRW

Descrição

A obra “Iris” de 1856, criada pelo mestre japonês Utagawa Hiroshige, é uma representação viva da elegância e delicadeza da natureza, características distintivas do estilo ukiyo-e. Hiroshige, conhecido pela sua capacidade de captar paisagens e cenas do quotidiano, utiliza esta pintura para explorar a relação entre o homem e a flora do seu ambiente. Em primeiro plano, a composição centra-se num grupo de íris, flores que evocam uma simbologia profunda na cultura japonesa, representando sabedoria e bravura.

A paleta de cores usada por Hiroshige em “Iris” é rica e cheia de nuances. Observa-se uma variedade de tons lilás e azuis que não só representam a flor, mas também permitem ao espectador sentir o frescor do ambiente que a rodeia. A transição de cores é feita com maestria, sugerindo a luz do sol acariciando as delicadas pétalas e o Shabu, ou sombras, oferecendo uma sensação de profundidade ao trabalho. Esta técnica de camadas de cores é uma prova do domínio de Hiroshige na impressão em xilogravura, através da qual ele alcança uma sensação de vibração e movimento em um meio que de outra forma poderia ser estático.

O fundo é igualmente fascinante, apresentando uma paisagem difusa que sugere uma distância suave, invocando uma atmosfera etérea. Há uma linha de horizonte onde aparecem montanhas desfocadas e um céu que, embora não seja o foco principal, desempenha um papel crucial no contraste com as flores vibrantes. Tal representação é representativa do estilo de Hiroshige, que tende a dar peso visual significativo à natureza em suas obras, muitas vezes relegando a figura humana a segundo plano.

Embora nesta pintura não se possam ver personagens humanos, a ausência de figuras permite que a atenção se concentre totalmente na representação das flores. As íris, no seu agrupamento variado, parecem quase ganhar vida própria, transportando o espectador para um espaço contemplativo onde pode sentir a essência da estação, provavelmente a primavera, conhecida pela sua plenitude de flores no Japão.

Hiroshige, contemporâneo de outros grandes mestres do ukiyo-e como Katsushika Hokusai, usa aqui os seus talentos não só para reproduzir a beleza da natureza, mas também para invocar uma sensação de tranquilidade e harmonia. Esta obra pode ser vista como parte de uma série mais ampla que aborda a flora do país, onde motivos botânicos muitas vezes se entrelaçam com elementos paisagísticos.

A influência de Hiroshige na arte ocidental é notável; As suas obras inspiraram vários artistas europeus, incluindo os impressionistas, que encontraram nas suas paisagens um brilho que ressoava com a sua própria busca de capturar luz e cor na pintura. Desta forma, “Iris” não é apenas um exemplo da excelência técnica de Hiroshige, mas também uma janela para a interligação cultural entre o Oriente e o Ocidente, onde a apreciação da natureza e a procura da beleza transcendem fronteiras.

Em resumo, “Iris” de 1856 é uma obra que resume o domínio da cor, forma e composição de Utagawa Hiroshige, oferecendo uma experiência visual que ressoa profundamente com a cultura japonesa e a sua celebração da natureza. Ao observá-la, o espectador é convidado a mergulhar não só na beleza estética das flores, mas também na poesia implícita que emerge do diálogo entre o indivíduo e o ambiente natural.

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