Solomé - 1515


tamanho (cm): 60 x 75
Preço:
Preço de venda₩359,000 KRW

Descrição

A "Salomé" de Ticiano, criada em 1515, é uma representação cativante de um dos episódios mais intrigantes e complexos da história bíblica. Esta pintura, encontrada na coleção da Galeria Nacional da Escócia, oferece-nos uma visão esplêndida da capacidade do mestre veneziano de combinar narrativa com profundidade emocional palpável, utilizando uma técnica de pintura que exala a riqueza da Renascença.

Na peça, Salomé, filha de Herodias, é retratada com uma beleza e porte que captam a essência de sua sedução e seu papel na história da morte de João Batista. A figura aparece com um elegante vestido de cor vermelha intensa, evocativo e simbólico, que destaca sua juventude e sofisticação. Este uso da cor, tão característico de Ticiano, não é apenas decorativo; ele acrescenta uma dimensão psicológica à performance, refletindo tanto o poder quanto a fragilidade inerentes ao seu personagem. O vermelho profundo contrasta efetivamente com o fundo mais sutil e escurecido, ajudando a focar a atenção do espectador na figura de Salomé.

A composição da obra é dinâmica; Salomé se expressa através de um giro sutil, quase teatral, que sugere movimento e emoção. Sua cabeça vira para o lado, enquanto seu olhar parece direcionado para o espectador, estabelecendo assim uma conexão perturbadora. Esta abordagem consciente do espaço e a posse do corpo são indicativas do domínio de Ticiano na representação de figuras humanas. A luminosidade que emana da pele de Salomé, magistralmente captada através da técnica do claro-escuro, acrescenta um inconfundível sentido de realismo característico do Renascimento veneziano.

Um elemento notável nesta pintura é a presença da bandeja sobre a qual repousa a cabeça de João Baptista, símbolo do sacrifício e da violência que permeia a narrativa. Este objeto forma o pano de fundo narrativo que articula a tragédia da história. A colocação da cabeça na bandeja, mostrada de forma quase casual, revela a indiferença perante o sofrimento e a violência que rodeia Salomé. Vemos nesta obra como Ticiano não apenas representa a beleza, mas também investiga o lado negro da natureza humana.

O tratamento de cor em “Salomé” é outro aspecto que merece atenção. A paleta utilizada por Tiziano é repleta de nuances vibrantes que destacam o naturalismo das peles e as texturas dos tecidos. O contraste entre cores quentes e frias não só na figura de Salomé, mas também na cabeça de Juan Bautista, estabelece um diálogo visual que intensifica a carga emocional da cena. Este jogo de luz e sombra, bem como a atmosfera geral da pintura, mergulha-nos num mundo onde o sublime e o grotesco coexistem.

No contexto da arte renascentista, “Salomé” é uma obra que encapsula as preocupações do momento, um testemunho do fascínio pela figura feminina na narrativa bíblica, ao mesmo tempo que explora temas como o poder, o desejo e a morbidez. A influência de Ticiano vai além de sua época, impactando inúmeros artistas que viram em sua obra um modelo a seguir, principalmente no que diz respeito à representação da figura humana e ao uso da cor.

Concluindo, “Salomé” de Ticiano é uma pintura que não só cumpre as qualidades estéticas do Renascimento, mas também carrega consigo uma rica narrativa em sua composição. Através desta obra, Ticiano convida-nos a contemplar a dualidade da existência humana, equilibrando a beleza e a horrível fragilidade da vida, imortalizando assim um momento que ressoa ao longo do tempo. Na sua capacidade de captar a essência do drama humano, Ticiano continua a ser um herói da performance artística, e “Salomé” é um exemplo brilhante do seu legado duradouro.

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