Pomoná - 1900


tamanho (cm): 50 x 75
Preço:
Preço de venda€220,95 EUR

Descrição

"Pomona - 1900" de Childe Hassam revela-se como um exemplo cativante do simbolismo e da estética luminista que definiram a mudança cultural e artística no final do século XIX e início do século XX. Hassam, conhecido pela sua habilidade na manipulação da luz e da cor, encapsula nesta pintura uma composição rica e evocativa que se manifesta tanto na forma como no conteúdo.

Em primeiro plano, a figura de Pomona, a deusa romana da abundância e da fertilidade, ocupa um lugar central e dominante. Vestida com um manto em tons suaves de verde e amarelo, sua presença irradia uma sensação de serenidade e plenitude. A deusa segura um cesto transbordante de frutas, símbolo da riqueza natural e do cultivo, reforçando a sua ligação intrínseca com a fertilidade da terra. Esta figura não só incorpora a abundância material, mas também a riqueza espiritual do reino natural, que ressoa com os ideais da época sobre a harmonia entre a humanidade e o seu ambiente.

Hassam emprega uma paleta vibrante que equilibra tons quentes e frios, criando uma atmosfera que alterna entre a calma e a agitação da vida. As cores são aplicadas com técnica de pinceladas soltas e dinâmicas, características do estilo impressionista que o artista tanto admirava e praticava. Os verdes profundos da vegetação, combinados com os amarelos dourados dos frutos, contrastam vivamente com o fundo mais subtil, resultando numa composição que capta a luz com maestria, evocando o impacto visual do ar puro de um exuberante jardim.

O fundo da obra é formado por uma paisagem que remete à biodiversidade da natureza, com representação de árvores e flora que se entrelaçam organicamente. A forma como esses elementos se entrelaçam contribui para uma sensação de profundidade e continuidade na obra, sugerindo que existe um mundo além da imagem apresentada. Esta técnica serve não só para contextualizar Pomona dentro do seu ambiente, muito típico de obras do género mitológico, mas também promove uma ligação emocional com o espectador, que pode sentir a sua vitalidade.

Em termos de estilo, Hassam não é apenas um dos principais representantes do impressionismo americano, mas também está associado ao movimento Luminismo. As propriedades luminísticas da sua obra permitem que a luz se torne uma componente quase narrativa, transformando cada elemento da paisagem numa captura da essência do momento. “Pomona – 1900” exemplifica esta peculiaridade ao envolver o espectador num momento de apogeu que celebra a vida e a natureza na sua forma mais exuberante.

A obra surge num contexto onde a arte procurava não só refletir a realidade, mas também convidar à contemplação e ao prazer estético. A escolha de Pomona como tema não é trivial; celebra uma ligação quase mística entre a humanidade e a natureza, tema que se torna recorrente em grande parte da obra de Hassam, onde a figura humana muitas vezes se funde com a natureza, potencializando uma narrativa sobre a coexistência.

Em suma, “Pomona - 1900” é uma obra-prima que não só expõe as capacidades técnicas de Childe Hassam, mas também mergulha num território filosófico onde se exalta a abundância e a beleza da natureza e onde se reflecte sobre o que significa viver em harmonia com o nosso ambiente. A pintura serve como um lembrete da riqueza da vida e da importância da natureza, elementos que continuam a ressoar num mundo contemporâneo que muitas vezes luta para encontrar o mesmo equilíbrio.

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