O Julgamento de Paris


tamanho (cm): 70 x 60
Preço:
Preço de venda€227,95 EUR

Descrição

A obra “O Julgamento de Paris” de Jacques-Louis David, pintada em 1788, é um claro expoente do Neoclassicismo, movimento artístico que procurou reavivar os valores e a estética da antiguidade clássica, despojando-os dos excessos do Rococó. Esta pintura resume não apenas o domínio técnico de David, mas também a sua capacidade de contar uma história envolvente através da arte. A cena que representa é um dos mitos mais conhecidos da cultura grega: o julgamento de Paris, episódio que desencadeou a famosa Guerra de Tróia.

Observando a composição da obra, encontramos as três personagens centrais: Hera, Atena e Afrodite, que são as deusas envolvidas no concurso para serem eleitas as mais belas. À direita da composição, estas figuras são apresentadas num cenário natural exuberante, elemento típico da obra de David que contrasta com a rigidez geométrica dos seus antecessores. A disposição das deusas é triangular, o que traz equilíbrio e dinamismo à cena.

O rosto de Paris, colocado no centro, reflete o conflito emocional inerente ao seu dilema. Este jovem príncipe troiano tem na mão a maçã dourada, símbolo do julgamento que deve pronunciar. A escolha de sua expressão facial é crucial, a insegurança e a contemplação são interpretadas através de seus traços, mostrando a complexidade de seu papel nesta narrativa. O olhar de Paris nos convida a participar de sua decisão, tornando o espectador cúmplice do dilema.

As cores escolhidas por David são vibrantes e sensualmente ricas, realçando as figuras femininas e acentuando a sua beleza. Cada deusa é representada com uma paleta de tons que sugere suas respectivas características: os tons dourados brilhantes de Afrodite contrastam com a seriedade mais fria de Atena e o azul majestoso de Hera. Este uso da cor não só realça a individualidade de cada figura, mas também acrescenta profundidade emocional à pintura.

O contexto histórico de “O Julgamento de Paris” é igualmente fascinante. David, fervoroso defensor das ideias do Iluminismo e da Revolução Francesa, utiliza esta obra como veículo para expressar a fragilidade da beleza e da moralidade, imbuindo a crítica social enquadrada na mitologia. É interessante notar que esta obra precede a sua mais famosa “A Morte de Sócrates” (1787), outra obra que também explora decisões morais complexas e a condição humana.

Neste sentido, “O Julgamento de Paris” não é apenas um deleite visual, mas também um comentário sobre as eleições e as suas consequências, tanto na mitologia como no contexto contemporâneo da sua criação. A perfeição técnica, o uso da cor e a narrativa da obra de David colocam-na com destaque não apenas em sua própria obra, mas também na história da arte neoclássica. Jacques-Louis David consegue, com esta obra, não só prestar homenagem à tradição clássica, mas também convidar à reflexão sobre o julgamento e a beleza num mundo de transformações sociais iminentes.

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