Self-portrait - 1863


tamanho (cm): 50 x 75
Preço:
Preço de venda€219,95 EUR

Descrição

O autorretrato de Edgar Degas de 1863 é uma obra de singular relevância no corpus do artista, que se destaca sobretudo pelas suas representações inovadoras do ballet, do quotidiano parisiense e pela profunda exploração da figura humana. Neste autorretrato, Degas apresenta-se numa pose introspectiva que convida o espectador a entrar no seu mundo interior, estabelecendo um diálogo visual que transcende o mero reconhecimento do artista.

A composição destaca-se pelo seu caráter dinâmico e pouco convencional. Degas opta por se posicionar quase frontalmente, embora ligeiramente virado, resultando numa visão que pode ser interpretada como a captura de um momento fugaz, objeto de estudo num contexto de criação. Seu rosto, rodeado por um fundo escuro e suave, destaca-se com uma iluminação que acentua os traços que marcam a expressão de um homem que se encontra tanto na contemplação quanto na ação criativa. Você pode ver em seu olhar um desejo de conexão, uma busca por reconhecimento, tentando comunicar sua própria identidade e emoções através do tecido.

As cores aplicadas nesta obra são sutis, mas expressivas. Degas utiliza uma paleta que oscila entre tons terrosos e tons de azul escuro e cinza, que evocam uma sensação de melancolia e profundidade. Sua técnica de pincelada solta, característica do Impressionismo, permite que o olhar se concentre nos contrastes de luz e sombra, acentuando a tridimensionalidade do rosto e a atmosfera carregada da composição. Ao contrário de outras representações, onde predominam as cores vibrantes, aqui prefere-se uma representação mais sóbria que reflita o estado psicológico do autor.

O rosto de Degas, com uma expressão subtilmente enigmática, complementa esta exploração da individualidade. Este autorretrato não apresenta personagens adicionais, evidenciando a solidão e o auto-exame no processo artístico. Esta escolha alinha-se com a visão de arte de Degas, onde muitas vezes se concentra na figura humana, retratando momentos de intimidade e vulnerabilidade sem distrações externas.

Um aspecto interessante deste autorretrato é como reflecte as tensões da vida artística em Paris durante a década de 1860, um período em que o Impressionismo começava a desafiar as tradições mais rígidas da arte académica. Degas, muitas vezes considerado um inovador, integrou elementos de realismo e impressionismo em seu trabalho, fundindo o observacional com o emocional. Embora não seja um autorretrato tradicional que glorifique a figura do artista, é apresentado como um comentário profundo e pessoal sobre a sua própria busca de sentido na arte.

No contexto da sua obra, este autorretrato evoca também reminiscências de outras obras da mesma época onde a figura humana está em primeiro plano, como na sua série de danças e cenas da vida parisiense. Observando esse autorretrato ao lado de outros de seu catálogo, é possível perceber como Degas explora constantemente a intersecção entre o introspectivo e o social, construindo um legado que continua a ressoar no estudo contemporâneo da figura e da emoção na arte.

Concluindo, o autorretrato de Edgar Degas de 1863 não é apenas uma representação da sua própria imagem, mas também um ponto de partida para explorar as complexidades da identidade artística. Com sua técnica delicada e composição introspectiva, Degas consegue encapsular um sentido de busca e autoexploração que deixou uma marca indelével na história da arte. Esta obra é um testemunho do poder do autorretrato como meio de reflexão pessoal e de ligação com o espectador, elementos que permanecem tão relevantes hoje como eram na Paris do século XIX.

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