Mandril na selva - 1909


tamanho (cm): 55x70
Preço:
Preço de venda€220,95 EUR

Descrição

A obra "Mandrill in the Jungle" (1909) de Henri Rousseau constitui um testemunho fascinante da visão singular do autor e do seu estilo característico, que desafia as convenções da arte do seu tempo. Rousseau, um pintor autodidata, era conhecido por suas representações de selvas exuberantes e animais selvagens, obras que muitas vezes emergiam de sua imaginação, e não da experiência direta. Em “Mandril in the Jungle” percebe-se essa estética onírica e sua marcada simplificação figurativa, que desafia noções de representação tradicional.

Ao observar a composição, o mandato visual ocorre de imediato, em torno da figura central de um babuíno, que adotando uma postura imponente e quase tangivelmente viva, irrompe num ambiente de selva. A escolha do mandril, primata vibrante e carismático, confere à obra um ar de misticismo e intensidade. A paleta utilizada por Rousseau é uma sinfonia de verdes, variando de tons esmeraldas a sombras mais profundas, configurando uma vasta paisagem vegetal. Este tom verde dominante se entrelaça com lampejos de cor na figura do mandril, que se destaca por sua rica vestimenta natural de azul, amarelo e vermelho, cores que vibram com energia.

Rousseau é conhecido pela utilização de contornos fortes e nítidos, proporcionando uma clareza visual que contrasta com a complexidade do ambiente envolvente. Nesta obra, os contornos contornam o mandril e a vegetação circundante de forma a valorizar a figura central sem perder a ligação ao fundo. As folhas e plantas parecem dispostas em camadas, oferecendo profundidade e uma sensação de imersão numa paisagem quase surreal. Esta atmosfera de densidade, alimentada pela sobreposição de elementos vegetais, provoca a sensação de estar num mundo secreto, quase oculto.

Um aspecto interessante de "Mandrill in the Jungle" é a forma como Rousseau consegue transmitir a sua visão particular da natureza, em grande parte estranha às convenções da pintura naturalista. O seu estilo evoca uma certa ingenuidade e simplicidade, elementos que o caracterizam e que fazem parte do movimento pós-impressionista do qual faz parte. Rousseau afasta-se da representação realista e, em vez disso, abraça uma interpretação mais simbólica e emocional da selva e dos seus habitantes. Ele é frequentemente chamado de ingênuo por sua técnica, mas seu trabalho ressoa com um profundo senso de imaginação e de primitivo.

Embora Rousseau nunca tenha viajado às selvas que pintou, a sua prática artística baseava-se num fascínio quase mítico por estes espaços. Foi sugerido que a sua Percepção da Selva poderia ser influenciada pelas suas leituras e relatos de exploradores, bem como pelas suas experiências nos jardins do Jardin du Luxembourg, em Paris. Esta desconexão entre o mundo real e a representação pessoal acrescenta uma camada de enigma ao seu trabalho que convida à contemplação.

"Baboon in the Jungle" não é apenas um triunfo de cor e forma, mas também incorpora a beleza assombrosa do mundo natural, sugerindo a complexidade da vida selvagem através de uma perspectiva única. Rousseau, na sua busca por captar a essência do primitivo e do emocional, oferece-nos um vislumbre de um mundo onde a realidade se funde com o sonho, um mundo onde a selva ganha vida através da visão exuberante de um artista que, sem a experiência de o autêntico, ele alcança uma fidelidade à emoção que ultrapassa as meras aparências.

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