Mulheres na margem do rio - 1892


tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de vendaR$ 1.312,00 BRL

Descrição

"Mulheres à beira do rio", de Paul Gauguin, pintada em 1892, é um exemplo maravilhoso da exploração estética e temática que caracterizou o mestre francês. Nesta pintura, Gauguin expõe o seu inconfundível estilo pós-impressionista, que se distingue pelo uso arrojado da cor, pela simplificação das formas e por uma abordagem simbólica que vai além da mera representação do mundo visual. Esta pintura transporta-nos para um ambiente que, embora natural, é apresentado através de uma lente que revela mais sobre as emoções e experiências humanas do que a mera topografia.

Na obra, o espectador se depara com uma cena tranquila em que duas mulheres estão sentadas à margem de um rio. Este ambiente aquático, tipicamente associado à calma e à contemplação, é uma representação escolhida do espaço onde Gauguin, conhecido pelas suas viagens à Polinésia, coloca frequentemente as suas figuras. As mulheres, que parecem imersas na própria introspecção, são retratadas de forma estilizada. Suas silhuetas, tocadas por uma luz que parece apagar os contornos e os detalhes excessivos, tornam-se o eixo visual da composição. Esta decisão estética realça a essência das suas figuras, conferindo-lhes um significado que transcende o meramente físico.

O uso da cor em “Mujeres A Orillas Del Río” merece um exame cuidadoso. Gauguin utiliza cartas de cores intensas e contrastantes, desde os verdes e azuis vibrantes que dominam a cena até os tons quentes dos trajes femininos. Esta paleta não só proporciona uma atmosfera vibrante, mas também sugere uma sensação de lugar que é ao mesmo tempo real e onírica. Os toques de cor aplicados com ousadia trazem uma quase materialidade à paisagem, que funciona como pano de fundo imóvel para as figuras humanas contemplativas.

As mulheres da pintura, cujas expressões são calmas e atenciosas, oferecem-nos uma janela para a cultura e a vida quotidiana. Embora os rostos não sejam individualmente distintivos, a sua postura e a forma como se situam na composição sugerem uma profunda intimidade entre eles, vínculo que se torna central na narrativa visual da cena. Através da representação destas figuras, Gauguin afasta-se da idealização da mulher, optando antes por uma evocação da sua humanidade, bem como da sua ligação com a natureza envolvente. Isto pode ser visto como um reflexo do interesse de Gauguin pelo etéreo e espiritual que vive na paisagem.

Em termos de contexto histórico, é importante referir que 1892 foi um período crucial na vida de Gauguin, que procurou desligar-se completamente das influências europeias para mergulhar num mundo artisticamente mais “puro” e primitivo. Nessa época, seu trabalho começou a se afastar do realismo em direção a uma representação mais simbólica, onde a forma e a cor adquirem significados mais profundos. “Mujeres A Orillas Del Río” é uma manifestação dessa busca; Através da escolha dos temas e do estilo de representação, percebe-se uma meditação sobre a vida, a natureza e a conexão interpessoal.

Concluindo, "Mujeres A Orillas Del Río" é uma obra que não só exemplifica a singularidade do estilo de Gauguin, mas também convida à contemplação e à interpretação. O espectador fica com a sensação de ter testemunhado um momento suspenso no tempo, uma ligação subtil entre a mulher e o seu ambiente que transcende as limitações da vida quotidiana e entra num espaço de reflexão e paz. Através das suas cores vibrantes e composição cativante, Gauguin lembra-nos a beleza que reside na simplicidade dos momentos partilhados, bem como a profundidade da experiência humana em qualquer cultura.

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