Pastoral do Taiti - 1898


tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de vendaR$ 1.334,00 BRL

Descrição

A obra "Pastoral Taitiana" de Paul Gauguin, pintada em 1898, é um exemplo significativo da procura deste artista por uma linguagem pictórica que encapsulasse a essência de um mundo que considerava mais autêntico e vital, longe da civilização europeia. Esta pintura representa a ambição de Gauguin de captar na sua arte a simplicidade e a beleza da vida no Taiti, um lugar onde encontrou inspiração, cor e uma profunda ligação com a natureza.

Nesta obra, a composição articula-se num espaço bem delimitado. A horizontalidade da cena sugere uma serenidade pastoral, enquanto a utilização do espaço parece generosa, com um amplo campo verde e uma atmosfera que transmite uma calma quase mítica. A escolha da paleta de cores é notável; Predominam verdes intensos e amarelos vibrantes, evocando uma exuberância natural. Os tons utilizados por Gauguin criam um contraste que destaca a riqueza da paisagem taitiana, uma representação sintética que vai além do realismo.

As personagens que habitam a obra são duas figuras femininas, situadas num primeiro plano que convida o espectador a considerar a intimidade da relação com a natureza. Estas mulheres, vestidas com saias de erva e trajes simples, são representações típicas da cultura polinésia, e Gauguin utiliza as suas poses e gestos para contextualizá-las num ambiente que transcende a mera representação. A figura da esquerda, com sua postura relaxada e contemplativa, parece convidar o espectador a compartilhar seu estado de espírito, enquanto a figura da direita, num ângulo um pouco mais dinâmico, traz uma sensação de movimento a uma cena que de outra forma poderia ser interpretada como estático.

A influência do simbolismo torna-se evidente através da simplificação das formas e da escolha de cores que não estão necessariamente ligadas à realidade objetiva. Esta obra é uma representação fiel do estilo de Gauguin, onde o emocional e o espiritual prevalecem sobre a precisão representativa. Cada elemento da "Pastoral Taitiana" pretende evocar sensações e estados de espírito, desde o verde que sugere fertilidade e vida, até à presença das figuras que personificam a pureza e a ligação à terra.

Gauguin, que renunciou à vida em França por uma existência mais primitiva no Taiti, procurou no seu trabalho uma resposta estética à industrialização e à vida moderna que considerava desumanizante. A “Pastoral Taitiana” pode ser vista como um microcosmo de sua busca pelo retorno à natureza, à essência do que considerava arte pura. Neste sentido, o seu trabalho alinha-se com os seus contemporâneos do movimento pós-impressionista, embora a sua exploração particular da cultura polinésia lhe confira um carácter distinto.

Esta pintura não é apenas um exemplo brilhante da sua técnica croma-analítica e do tratamento sensacional da cor, mas também fornece uma visão introspectiva do desejo de Gauguin de traçar o que ele acreditava ser a verdade oculta da vida através do que é pictórico. A “Pastoral Taitiana” não é simplesmente uma representação de uma paisagem, mas um veículo de pensamento e contemplação, convidando o espectador a mergulhar na experiência sensorial que o artista viveu na sua nova pátria adoptiva.

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