Pereiras e flores em Eragny - Manhã - 1886


tamanho (cm): 70 x 60
Preço:
Preço de vendaR$ 1.272,00 BRL

Descrição

A obra "Pereiras e Flores em Eragny - Manhã" (1886) de Camille Pissarro é um exemplo notável da abordagem do pintor à representação da paisagem, que nesta obra está imbuída de uma atmosfera de tranquilidade matinal e de uma profunda ligação com natureza. Situada no ambiente rural de Eragny, onde Pissarro viveu grande parte da sua vida, esta pintura evoca não só a beleza da primavera, mas também a serenidade que acompanha a primeira luz do dia.

A composição da obra estrutura-se em torno de uma série de pereiras em primeiro plano, cujos galhos se estendem até as bordas da tela, criando uma moldura natural que convida o espectador a mergulhar na cena. As árvores, com seus troncos robustos e explosão de flores brancas, tornam-se não apenas elementos centrais, mas símbolos de renovação e do ciclo da vida. Pissarro utiliza uma técnica de pinceladas soltas e dinâmicas que proporciona uma sensação de movimento, sugestiva da brisa que balança os galhos, além de um efeito luminoso que capta a essência da luz do amanhecer.

As cores desempenham um papel fundamental neste trabalho. Pissarro utiliza uma paleta que mistura tons quentes e frios, com predominância dos brancos cremosos das flores, dos verdes vibrantes das folhas e dos marrons terrosos dos troncos. Esta harmonia cromática não só sugere o frescor da manhã, mas também reflete a luz natural da cena, destacando a diversidade tonal encontrada na natureza. A forma como o artista aplica as cores em camadas e muitas vezes as utiliza no estado puro, é característica do estilo impressionista, do qual Pissarro foi um dos expoentes mais emblemáticos.

Ao contrário de outras obras mais figurativas da sua época, em “Pereiras e Flores em Eragny – Amanhã” a presença humana é quase imperceptível. A ausência de personagens enfatiza a ideia de uma paisagem em que a natureza é protagonista absoluta, evocando um sentimento de intimidade e evocação de momentos efêmeros. Esta escolha pode refletir a filosofia do impressionismo, onde o artista procura captar não só o visível, mas também a experiência subjetiva do momento, convidando o espectador a contemplar a beleza do ambiente e a perder-se na sua sublime simplicidade.

Pissarro, muitas vezes ligado ao movimento impressionista e também ao neo-impressionismo, desvia-se ocasionalmente das composições mais saturadas dos seus contemporâneos. “Pereiras e flores em Eragny – Amanhã” é um exemplo claro da sua capacidade de fundir ambas as tendências, criando uma obra que respira vida e que transmite a essência do lugar de uma forma quase poética. A sua técnica não só retrata a realidade observada, mas também revela o seu entusiasmo pela luz e pela cor, transformando o quotidiano em algo extraordinário.

Nesta obra há um forte sentido de lugar, sublinhado pela escolha da temperatura da luz e dos tons que predominam na cena pitoresca. Autenticamente impressionista, esta representação paisagística destaca a habilidade de Pissarro na sua busca pela captura do transitório, fazendo de "Pereiras e Flores em Eragny - Amanhã" uma peça quase emblemática que convida à contemplação na confluência do visual e do emocional. A obra é um testemunho do domínio da paisagem de Pissarro, um legado que continua a ressoar profundamente no mundo da arte e cuja apreciação continua a encorajar uma peregrinação visual no tempo e no espaço.

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