A fuga para o Egito, uma peça noturna - 1651


Tamanho (cm): 55x60
Preço:
Preço de vendaR$ 1.184,00 BRL

Descrição

A pintura de Rembrandt "A Fuga para o Egito. Uma Peça Noturna", criada em 1651, é um exemplar significativo que incorpora o domínio do artista na representação de luz e sombra, bem como seu profundo senso narrativo. Nesta obra, Rembrandt mergulha num conhecido episódio dos Evangelhos, onde a Virgem Maria e São José fogem para o Egito com o menino Jesus para protegê-lo da ira do rei Herodes.

A composição da obra destaca-se pela organização delicada e dinâmica. Num ambiente escuro, quase envolvente, um forte brilho surge lateralmente, iluminando os três personagens principais: Maria, José e o menino Jesus, que aparece nos braços de sua mãe. A forma como a luz incide sobre eles cria um foco dramático e emocional que destaca a ligação e a vulnerabilidade da família sagrada na sua jornada. Rembrandt usa habilmente sua famosa técnica de claro-escuro, brincando com as sombras intensas que cercam os personagens e acentuando a luminescência de seus rostos, conferindo-lhes uma presença quase mística.

As cores utilizadas em “A Fuga para o Egito” são ricas e terrosas, predominando o marrom e o preto, típicas das peças noturnas do artista. Este uso de tons escuros não só combina uma sensação de noite, mas também reforça a ideia de busca e de viagem incerta. O vestuário das personagens, que parece simples mas de excelente qualidade têxtil, sugere tanto a humildade da sua situação como a dignidade inerente ao seu papel sagrado.

Um detalhe fascinante desta obra é a animalidade que aparece ao fundo, especificamente um burro que, embora não seja o foco principal da pintura, enquadra-se na narrativa como símbolo de fardo e sacrifício. Este elemento não só aprofunda a sensação de movimento e viagem, mas também enfatiza o esforço físico envolvido na fuga. O burro, muitas vezes associado à humildade e ao trabalho na tradição cultural, torna-se um símbolo do sofrimento silencioso que acompanha a família no seu percurso.

A obra também se insere no contexto da produção tardia de Rembrandt, refletindo a evolução do seu estilo pessoal e a sua interpretação do espaço e da luz. Comparada com outras obras da sua época, como "A Lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp" ou "O Retorno do Filho Pródigo", "A Fuga para o Egito" mostra uma mudança para uma representação mais introspectiva e emocional, explorando temas de humanidade e proteção num contexto iminentemente perigoso.

Além disso, esta pintura consolidou-se na tradição da arte sacra, mas também se aprofunda na exploração da paisagem nocturna, tema que Rembrandt aborda frequentemente. Neste sentido, “A Fuga para o Egito” apresenta-se não apenas como um relato visual de uma narrativa bíblica, mas como uma meditação sobre a vulnerabilidade da vida humana e a luz que pode ser encontrada mesmo nos momentos mais sombrios.

Em suma, "The Flight into Egypt. A Night Piece" de Rembrandt é um comovente testemunho da capacidade do artista de contar histórias universais através do seu domínio da cor, da luz e da forma. Esta obra, rica em simbolismo e emoção, continua a ressoar no espectador contemporâneo, lembrando-nos da durabilidade e fragilidade da condição humana em meio a circunstâncias adversas.

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