O Jardineiro - Sol da Tarde - Eragny - 1899


tamanho (cm): 50x75
Preço:
Preço de venda€242,95 EUR

Descrição

A obra "O Jardineiro - Sol da Tarde - Eragny" de Camille Pissarro, pintada em 1899, é um notável exemplo do Impressionismo em que a luz e a cor ganham vida através de uma pincelada solta e vibrante. Nesta pintura, Pissarro capta um momento quotidiano em que um jardineiro trabalha, simbolizando a profunda relação entre o homem e a natureza, tema recorrente na sua obra.

O jardineiro, cujo traje se destaca harmoniosamente no entorno, é o personagem central da obra. Ele está de pé, com o olhar voltado para as plantas que cuida, e sua figura está cercada por uma vegetação exuberante que reflete as influências do final da madrugada. A posição do seu corpo sugere tanto dedicação ao seu trabalho como um sentido de ligação à paisagem que o rodeia. Esta figura do jardineiro, comum na vida rural de Eragny, é uma homenagem às tarefas do quotidiano, captando a essência da realidade com um ar romântico.

A composição da pintura é cuidadosamente equilibrada, dominada por uma paleta de cores que destaca a variabilidade da luz solar. Pissarro emprega uma série de verdes ricos e terrosos que se entrelaçam com as sombras criadas pela luz solar, proporcionando profundidade e uma sensação de vitalidade à paisagem. O uso da cor nesta obra é uma prova da maestria do artista na criação de atmosfera, desde a leve brisa que acaricia as folhas até o calor do sol que banha a cena.

A escolha de Eragny, pequena cidade para onde Pissarro se mudou em 1884, como cenário de sua pintura não é fortuita. A região, com a sua rica vegetação e paisagens rurais, inspirou muitas das suas obras e foi um local onde o artista encontrou paz e um profundo sentimento de pertença. Esta obra insere-se num período em que Pissarro se dedicou especialmente a documentar a vida rural e a interação das pessoas com o seu meio ambiente, refletindo o seu interesse pelas questões sociais e pela dignidade do trabalho.

A técnica de pintura utilizada por Pissarro em “O Jardineiro – Sol da Tarde” alinha-se às características do impressionismo, que busca captar impressões visuais em vez de realismo detalhado. A aplicação da tinta em pinceladas visíveis permite que a obra respire, dando sensação de movimento e luminosidade. Nesta obra, os efeitos do sol da tarde são traduzidos num jogo de luz e sombra que revitaliza o tecido e acrescenta uma dimensão quase táctil à cena.

Em síntese, “O Jardineiro – Sol da Tarde – Eragny” é uma obra que sintetiza a essência da vida rural do final do século XIX, apresentada com a mestria delicada característica de Camille Pissarro. A força da pintura reside na capacidade de transmitir não só a beleza do ambiente, mas também a autenticidade do trabalho do jardineiro, destacando o trabalho humano em simbiose com a natureza. Desta forma, a obra não é apenas um retrato visual, mas um brilho da filosofia de vida que Pissarro defendia, onde a arte se entrelaça com a realidade quotidiana, elevando o mundano ao sublime.

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