Natureza morta com jarra e figura de cerâmica - 1885


Tamanho (cm): 75x50
Preço:
Preço de venda$251.00 USD

Descrição

A obra “Natureza Morta com Jarra e Figura de Cerâmica” de Paul Gauguin, datada de 1885, exemplifica uma fase inicial da evolução estilística do artista, que mais tarde se consolidaria na sua obra iconográfica no Taiti. Nesta pintura, Gauguin aborda o gênero natureza morta através de uma paleta de cores vivas e um arranjo de elementos que convidam à contemplação. A composição centra-se numa jarra de cerâmica e numa figura decorativa que parece dialogar com o seu entorno, destacando o uso característico de Gauguin de formas simplificadas e uma aposta na coloração.

A escolha da jarra, objeto do cotidiano, sugere uma reflexão sobre a representação da vida doméstica e da cultura material. A figura de cerâmica, com sua forma estilizada e possivelmente influenciada por elementos da arte popular, traz sentido de ritmo e harmonia à composição. A presença destes objetos animados pela cor contribui para criar uma atmosfera de intimidade e serenidade, traços que ressoam na obra de Gauguin.

O uso da cor nesta peça é particularmente notável. Os tons vibrantes de azul, amarelo e vermelho não só acrescentam dinamismo, mas também sugerem emoções que vão além do meramente representativo. Gauguin foi um fervoroso defensor do uso da cor como veículo expressivo e nesta obra parece conseguir um equilíbrio entre a representação naturalista e uma interpretação mais livre e subjetiva da cor.

A superfície da pintura revela pinceladas soltas que às vezes desafiam a tradicional natureza morta. Isto é indicativo da transição de Gauguin para uma estética mais pós-impressionista, onde a percepção visual é matizada pela interpretação emocional e psicológica. Nesse sentido, “Natureza Morta com Jarra e Figura de Cerâmica” pode ser vista como precursora das explorações que Gauguin levaria adiante em sua carreira.

Ao longo da sua vida, Gauguin desenvolveu uma relação intensa com a arte da cerâmica e da escultura, algo que aqui fica evidente com a inclusão da figura decorativa. Esta peça não só funciona como elemento visual na ambientação da cena, mas também expressa uma ligação com as culturas nativas que tanto fascinaram o artista, embora esse fascínio se desdobrasse de forma mais evidente em seus trabalhos posteriores na Polinésia.

O interesse de Gauguin em melhorar a vida quotidiana através de objectos inanimados reflecte um desejo de transcender o efémero. A sua capacidade de dar vida ao inanimado através do uso consciente da cor e da forma neste trabalho torna-o um testemunho da sua busca artística. “Natureza morta com jarra e figura de cerâmica” não é apenas uma representação de objetos; é um estudo sobre percepção e experiência visual, uma abordagem que consolidaria seu legado como um dos grandes inovadores da arte moderna.

Em suma, este trabalho oferece uma rica exploração da simbiose entre cor e forma e levanta questões sobre a relação entre o observador e os objetos do mundo quotidiano. A herança de Gauguin, tanto no campo do simbolismo como no da arte moderna, remonta a estas primeiras explorações em que a dissolução de formas e cores começou ao serviço da emoção e da expressão pessoal.

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