Maja e Celestina em uma varanda - 1812


Tamanho (cm): 50 x 75
Preço:
Preço de venda$250.00 USD

Descrição

A obra “Maja e Celestina numa varanda”, pintada por Francisco de Goya em 1812, é um exemplo brilhante da mestria do artista na exploração da condição humana e das dinâmicas sociais do seu tempo. Esta pintura, inserida no contexto do período neoclássico e romântico, revela as complexidades das relações entre géneros e classes sociais através de uma composição que combina o realismo com uma subtil carga simbólica.

Na obra, Goya apresenta duas mulheres numa varanda, num ambiente que parece aludir tanto a um espaço privado quanto a uma exposição pública. A figura central, conhecida como “Maja”, caracteriza-se pela sua postura descontraída e enérgica, enquanto a casamenteira, que se supõe ser uma figura mais velha e astuta, parece ser uma intermediária nas relações entre homens e mulheres. Visivelmente, ambas as mulheres partilham um vínculo que vai além do simples companheirismo; O matchmaker assume um papel de guia ou conselho dentro da interação, sugerindo um nível de cumplicidade maliciosa.

A atenção meticulosa que Goya dedica aos detalhes das roupas de ambas as figuras, bem como à textura de seus rostos, enriquece a narrativa visual. O uso da cor é essencial para apreciar a atmosfera do trabalho. Os tons quentes predominam nas roupas de Maja, contrastando com os tons mais suaves e opacos da celestina, que acentuam a juventude e o frescor da primeira. Esta escolha cromática ressoa com uma sensação de vitalidade e sensualidade, além de reforçar a hierarquia emocional entre as duas mulheres.

A composição da obra é cuidadosamente equilibrada; Embora ambas as figuras estejam no mesmo plano visual, a Maja destaca-se pela sua posição na varanda, sugerindo superioridade ou domínio sobre o espaço que ocupa. A localização na varanda não é coincidência; Tradicionalmente, estes espaços eram locais de exposição onde as mulheres podiam ser vistas, mas não podiam interagir livremente sem a supervisão de outras pessoas. Goya, ao situar as figuras neste contexto, parece comentar as restrições das normas sociais de sua época.

Um dos aspectos mais interessantes de “Maja e Celestina na Varanda” é como Goya brinca com a noção de voyeurismo. O espectador torna-se testemunha de uma cena privada, sugerindo curiosidade e intrusão na vida pessoal das mulheres, reflectindo preocupações mais amplas sobre a sexualidade e a intimidade no início do século XIX. Este trabalho situa-se, portanto, num contexto histórico em que os papéis de género estavam a mudar e as relações interpessoais se tornavam cada vez mais complexas.

Artista que frequentemente adotava abordagens inovadoras, Goya trabalhou na interseção entre ternura e crítica por meio de sua arte. Em “Maja e Celestina numa varanda”, isto traduz-se não só numa pintura esteticamente poderosa, mas também numa reflexão profunda sobre a dinâmica de poder nas relações humanas. Com esta pintura, Goya dá continuidade ao seu legado como observador perspicaz da sociedade, convidando o espectador a considerar não só o que vê, mas também o que isso implica.

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