Guarda-rios - Cravo - Íris - 1834


Tamanho (cm): 55x75
Preço:
Preço de venda$260.00 USD

Descrição

A obra "Martim-pescador - Cravo - Íris" de Katsushika Hokusai, criada em 1834, é uma das manifestações mais significativas do domínio japonês do ukiyo-e e reflete a atenção meticulosa do artista aos detalhes da natureza. Hokusai, famoso pelas suas paisagens e pela sua reinterpretação da cultura visual japonesa, mostra nesta pintura uma fusão única entre a representação da flora e da fauna, realçando a beleza efémera de ambos os elementos.

Na composição, o martelo é posicionado como ponto focal da obra. A atenção que Hokusai dispensa a esta ave é palpável, a sua plumagem apresenta um contraste vibrante com as cores suaves das flores. O guarda-rios é retratado com grande precisão, sugerindo não apenas o interesse de Hokusai pela avifauna, mas também seu desejo de capturar a essência da vida selvagem com uma abordagem quase científica. Este tipo de representação não é estranho aos interesses artísticos da época, onde os artistas demonstravam um fascínio crescente pelo mundo natural.

Os cravos e íris na parte inferior da pintura proporcionam uma paleta de cores que complementa a vivacidade da martinete. Os tons rosa e lilás das flores contrastam com o azul e o verde intensos que predominam no pássaro, criando uma harmonia visual característica do trabalho de Hokusai. O uso da cor nesta obra não é meramente decorativo; Está profundamente ligado à emotividade e atmosfera que Hokusai quis transmitir. A escolha de um fundo neutro, que acentua as cores dos elementos principais, é um artifício estilístico que Hokusai utilizou com frequência para permitir que as figuras se destacassem no contexto da obra.

A disposição dos elementos na obra também merece atenção especial. Hokusai opta pelo enquadramento vertical, decisão que direciona o olhar do espectador para o bate-estacas, quase como se este fosse um momento que capta a interação entre o pássaro e seu ambiente. O observador é convidado a contemplar não só a beleza estética dos objetos representados, mas também a sua inter-relação. Este diálogo entre o bate-estacas e as flores simboliza a ligação entre o homem e a natureza, tema recorrente na arte japonesa.

É relevante mencionar o contexto histórico de Hokusai, que esteve em pleno vigor no período Edo e foi precursor das mais modernas correntes da arte japonesa. A sua obra, nesta fase, reflecte um momento de reflexão e experimentação com a natureza, revelando a complexidade das relações estéticas e simbólicas que existem entre os seres vivos e o seu meio ambiente. A propensão de Hokusai para detalhes observacionais também ressoa com o movimento artístico de observação científica que crescia durante sua época. Além disso, a influência da arte ukiyo-e perdurou além do Japão, deixando uma marca indelével na arte ocidental, particularmente no Impressionismo.

“Martim-pescador – Cravo – Íris” é, portanto, um relato visual complexo de interação natural; um testemunho da prolificidade de um artista que não só dominou a técnica da gravura, mas, através das suas pinturas, alcançou uma mestria que continua a inspirar as gerações futuras. A riqueza da sua paleta, o virtuosismo na representação da vida natural e a narrativa visual subtil mas poderosa fazem desta obra um exemplo notável da capacidade de Hokusai de transcender o meramente decorativo, permitindo ao espectador descobrir uma multidimensionalidade dentro do que pode parecer um simples representação da natureza.

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