Mulher Estrangulada - 1872


Tamanho (cm): 60 x 75
Preço:
Preço de venda7,808.00TL

Descrição

A obra "Mulher Estrangulada" de Paul Cézanne, criada em 1872, é um exemplo profundo e multifacetado da evolução do artista rumo ao pós-impressionismo, através do qual procura captar não só a forma e a cor, mas também a emoção e a tensão dos temas. ele retrata. Esta pintura destaca-se pelo seu conteúdo dramático e pelo tratamento inovador da figura humana, numa época em que a representação do corpo e a sua interpretação emocional mudavam radicalmente.

Na obra, Cézanne apresenta uma figura feminina no centro da composição, cujos traços e contornos evocam uma luta interna e uma intimidade comovente. A forma como a mulher é representada parece absorver a atenção do espectador. A sua postura, tensa e angustiada, sugere um estado emocional extremo, preso numa espécie de desespero que convida à reflexão sobre temas mais profundos da vulnerabilidade humana. O trabalho é desenvolvido com uma paleta de cores predominante nos tons amarelo, verde e marrom, o que parece infundir na figura uma aura de desolação.

O uso da cor em “Mulher Estrangulada” é especialmente significativo. Cézanne aplica pinceladas que, embora suaves e possam parecer espontâneas, contêm um estudo profundo de tom e textura. Esta técnica, que vai além do mero naturalismo do Impressionismo, começa a vislumbrar o estilo distinto que Cézanne desenvolveria nas suas obras posteriores. A construção da figura é feita com uma mistura de planos de cores, que sugerem volume e profundidade ao mesmo tempo que documentam o momento emocional do retrato. A combinação destes elementos oferece-nos uma experiência visual coerente que também evoca sensações de sufocamento e constrição que se refletem no título da obra.

As pinceladas soltas também se tornam um elemento vital que interage com a obra. As formas adquirem uma certa geometria que lembra a estrutura da natureza e da paisagem que Cézanne cultivou ao longo da sua carreira. Esta construção poderia sugerir uma luta não só internamente, mas também com as normas de representação artística do seu tempo, onde o autor procura ir além do superficial para explorar as complexidades da condição humana.

A mulher da pintura parece estar submetida a um complexo de forças externas que a estrangulam, o que pode ser interpretado como uma metáfora para as pressões sociais e existenciais da época. Este foco na figura feminina e na sua interpretação carregada de emoção refletem as preocupações das mulheres no contexto do século XIX, onde os valores tradicionais e as expectativas sociais colidiam com a luta emergente pela igualdade e autodeterminação.

Embora “Mulher Estrangulada” possa não ser tão reconhecida como as obras posteriores de Cézanne, o seu carácter seminal na evolução da artista é inegável. É uma obra que antecipa a exploração da cor e da forma que definiriam o seu estilo maduro, além das suas contribuições para o desenvolvimento da arte moderna. É um testemunho da sua capacidade de captar a essência do ser humano e da sua experiência, tornando-se um precursor do expressionismo que se difundiria no século XX. A obra convida o espectador a uma imersão na subjetividade da experiência emocional, uma viagem que inevitavelmente se torna íntima e reflexiva.

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