Os Macacos na Feira - 1942


Tamanho (cm): 55x75
Preço:
Preço de venda$326.00 SGD

Descrição

A obra “Os Macacos na Feira”, criada em 1942 por Edgar Chahine, situa-se num momento em que a arte se aproxima do lúdico e da observação do quotidiano. Notável expoente da arte moderna, Chahine é conhecido por sua capacidade de captar a essência das circunstâncias e dos personagens, utilizando a técnica da gravura e da pintura para explorar temas que vão da cultura popular à vida urbana. Nesta tela, a cena se passa em um ambiente festivo, onde dois macacos, figuras centrais da composição, são apresentados numa demonstração de vivacidade.

A composição revela uma interação fascinante entre os macacos como protagonistas e o ambiente que os rodeia, onde podem ser observados elementos descritivos que acrescentam uma narrativa visual. A artista utiliza uma paleta de cores que evoca um clima de celebração: tons quentes como amarelos e laranjas, contrastados por sombras mais profundas que conferem volume e dinamismo às figuras. A textura parece vibrar com a energia efervescente da feira, prendendo a atenção do espectador pela sua luminosidade e pela forma como as cores se entrelaçam.

Os macacos, representados de forma antropomórfica, carregam consigo uma rica carga simbólica. O seu comportamento lúdico e a sua expressão curiosa não só sugerem um comentário sobre a relação entre humanos e animais, mas também servem de metáfora para a natureza humana e o seu legado de frivolidade e frivolidade nos espaços recreativos. A obra mantém um ar ingênuo, mas profundo, desafiando o espectador a refletir sobre a essência da diversão e do espetáculo.

Chahine demonstra seu domínio do espaço, fazendo uso de uma composição que guia o olhar pela tela. As formas estão interligadas de uma forma que remete à natureza das feiras, onde diferentes elementos coexistem num caos ordenado. A disposição equilibrada dos macacos, um mais próximo do observador que o outro, gera uma sensação de profundidade e perspectiva que convida à exploração.

O estilo de Chahine, que muitas vezes incorpora elementos de influências como o pós-impressionismo e o fauvismo, manifesta-se na redução dos detalhes em favor da expressão emocional e da cor. Este aspecto simplificou a análise visual, priorizando o impacto que a imagem gera no espectador. Suas obras também refletem sua observação da vida cotidiana, marca que também é visível em “Los Monos en la Feria”. Esta pintura, como muitos dos seus contemporâneos, pode ser vista como uma celebração do momento, um eco das alegrias da vida social num período marcado pela tensão.

Edgar Chahine, nascido na Arménia, uma figura chave na arte francesa de ponta, continua a influenciar artistas contemporâneos com a sua exploração da condição humana. Neste sentido, “Os Macacos na Feira” é mais do que uma simples representação; É uma reflexão sobre estar no presente e desfrutar do efêmero. Esta obra convida-nos a contemplar não só a técnica e a cor, mas a experiência de vida que enquadra a estética festiva e a natureza da diversão no contexto sociocultural da sua época. Com foco na interação entre arte e realidade, Chahine nos lembra da importância da alegria e da curiosidade inerente ao ser humano.

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