A loja de chapéus - 1882


tamanho (cm): 75x55
Preço:
Preço de venda$322.00 SGD

Descrição

A obra “A Caixa do Chapéu” de Edgar Degas, pintada em 1882, tem notável relevância no contexto da arte impressionista e da evolução da representação da vida quotidiana na França do século XIX. Degas, conhecido pela sua observação atenta da figura humana e pela sua perícia no uso da cor e da composição, consegue captar não só um momento específico da vida de uma mulher no trabalho, mas também um ambiente de intimidade e dinâmica social.

A composição de “La Sombrerera” é particularmente interessante. Nele, a figura central é uma mulher, que representa uma modista, situada num espaço que sugere uma oficina ou showroom onde são criados e vendidos chapéus. A mulher, situada numa pose natural e descontraída, está a ajustar uma peça de roupa, o que lhe dá uma sensação de actividade e profissionalismo. O olhar da figura, embora centrado na sua tarefa, parece estar envolvido no seu entorno, o que tem suscitado discussões sobre o que se passa no espaço envolvente, muitas vezes evasivas na obra de Degas.

As cores utilizadas na obra são caracteristicamente vivas, permitindo destacar os diferentes elementos do espaço. A paleta é composta por tons terrosos e nuances amarelas e marrons, que dão calor à cena. A luz desempenha um papel fundamental, criando um contraste interessante entre a luminosidade do ambiente e a sombra que envolve parcialmente a chapeleira. Esse uso da luz não só proporciona profundidade, mas também ajuda a focar a atenção na figura central. Degas era conhecido pela sua capacidade de captar a qualidade fugaz da luz, uma característica distintiva do Impressionismo, e nesta obra demonstra o seu domínio na representação da luz artificial e natural.

Outro aspecto fascinante de “O Chapeleiro” reside no foco na figura feminina. As mulheres nas obras de Degas são frequentemente retratadas em diversas atividades cotidianas, e esta peça destaca o trabalho e a criatividade no domínio da moda, um campo crucial e em expansão durante o século XIX. Embora não seja uma de suas dançarinas famosas, a modista incorpora a mesma sutileza e delicadeza encontradas nas representações de outras personagens femininas de Degas. A inclusão do chapéu no processo de criação destaca o discurso sobre a feminilidade na sociedade parisiense da época, onde a roupa era símbolo de status e expressão pessoal.

Degas, embora frequentemente associado mais às suas representações de bailarinas e momentos baléticos da vida, dedicou-se a explorar a complexidade da vida das mulheres em vários contextos. “O Chapeleiro” pode ser visto como uma extensão deste interesse, oferecendo um olhar atento sobre um mundo em que a mulher se posiciona não apenas como objeto de desejo, mas como figura ativa e criativa na sociedade. Em seu layout, a influência da fotografia é palpável, pois a composição, muitas vezes caracterizada por cortes inesperados e ângulos inusitados, reflete a abordagem simultânea que a fotografia trouxe ao mundo da arte.

Finalmente, “O Chapeleiro” não é apenas uma representação do trabalho e da vida cotidiana; É um testemunho da mudança cultural e social da época, onde a modernidade começou a redefinir os papéis de género. A obra de Degas continua relevante não só pela sua técnica e estética, mas porque convida a uma reflexão mais profunda sobre a identidade e experiência feminina no contexto artístico e social do seu tempo. Assim, constitui-se como um excelente exemplo de impressionismo, fundindo o cotidiano com uma técnica magistral e um olhar revelador.

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