A Garota de Vermelho - 1919


Tamanho (cm): 55x75
Preço:
Preço de venda$322.00 SGD

Descrição

A obra “A Garota de Vermelho” (1919) de Chaim Soutine representa uma poderosa manifestação do estilo expressionista que caracterizou grande parte da produção artística do século XX. Soutine, originária da Bielorrússia e parte do movimento Fauves em Paris, encontrou a cor e a forma como ferramentas fundamentais para transmitir emoção e profundidade psicológica. Nesta peça, o uso dramático da cor é essencial: o vermelho vibrante do vestido da figura central não só atrai o olhar do espectador, mas também simboliza uma intensidade emocional que sugere vitalidade e conflito.

A figura retratada, uma jovem de cabelos escuros, é a personificação de uma presença quase cativante, situada num ambiente que parece familiar e distorcido. Seu rosto, de traços alongados e expressivos, fica parcialmente sombreado, e a luz tem papel fundamental na definição da modelagem de sua figura. Através de pinceladas enérgicas e quase turbulentas, Soutine consegue evocar uma sensação de movimento e vida que atordoa e fascina. Esta técnica, caracterizada por gestos intensos, é uma marca registrada do autor, transmitindo uma sensação de imediatismo e emoção que ressoa no espectador.

O fundo da pintura é composto por uma paleta mais escura e terrosa, que contrasta violentamente com o vestido vermelho luminoso. Este uso da cor não é acidental; Enfatiza a figura central, criando uma espécie de halo que a isola do contexto, quase como se o mundo ao seu redor fosse secundário. Nesse sentido, Soutine encontra um equilíbrio entre um retrato íntimo e uma exploração mais ampla da psicologia do indivíduo. A escolha da cor e da iluminação ajuda a estabelecer uma atmosfera de introspecção, permitindo ao espectador conectar-se com a energia interna da figura retratada.

Um aspecto fascinante de “A Garota de Vermelho” é a forma como Soutine se distancia da tradicional idealização da figura feminina que frequentemente encontramos na história da arte. Aqui, o modelo não é simplesmente um objeto de beleza, mas a personificação de um estado emocional mais complexo. O seu olhar, que não se dirige diretamente ao espectador, sugere um pensamento interno profundo ou uma história não contada que convida à reflexão.

Soutine, conhecido pela sua relação lírica com a forma e a cor, junta-se à longa lista de artistas que procuraram expressar não só a aparência externa dos seus modelos, mas a sua essência interior. No contexto dos seus contemporâneos, como Modigliani ou Van Gogh, “A Rapariga de Vermelho” posiciona-se como uma reafirmação do individualismo e da subjectividade no retrato, qualidade essencial na arte do século XX.

A obra é, sem dúvida, um testemunho do estilo pessoal e distintivo de Soutine, herdeiro da riqueza emocional do expressionismo e da vibração colorística dos Fauves. “A Garota de Vermelho” não é apenas um retrato; É um encontro visceral com a experiência humana, onde o espectador é obrigado a confrontar não só a imagem da mulher, mas o turbilhão de emoções que emana da sua presença. A obra nos lembra a capacidade da arte de ir além da superfície, explorando a intersecção entre o objeto representado e o mundo interno do artista e do espectador. Neste sentido, “A Rapariga de Vermelho” reitera a grandeza de Soutine como criadora ousada e profunda no contexto da arte moderna.

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