Campo de Linho - 1892


tamanho (cm): 75x55
Preço:
Preço de venda$322.00 SGD

Descrição

A obra “Campo de Linho” (1892) de Edgar Degas constitui uma manifestação singular do seu domínio na representação da paisagem e da vida quotidiana, nomeadamente no contexto da pintura impressionista. Embora Degas seja amplamente reconhecido pelos seus retratos e cenas de balé, esta pintura reflete uma faceta menos conhecida do seu repertório artístico, onde a natureza e a luz desempenham um papel central. A composição desdobra-se num vasto campo de flores de linho, cujos delicados tons de azul e amarelo brilham à luz do sol, criando uma atmosfera quase etérea que convida à contemplação e ao espanto.

Do ponto de vista composicional, Degas organiza a cena com uma perspectiva que dá a impressão de profundidade e extensão. A estrutura diagonal do campo de linho conduz a visão do observador em direção ao horizonte. Este uso do espaço é característico de Degas, que soube orientar a atenção do público para os elementos mais cruciais da sua obra. O campo está em expansão e a escolha do linho como tema sugere uma ligação crítica com a vida rural em França, um tema recorrente durante o período impressionista que tenta capturar a efemeridade da realidade através da luz e da cor.

A cor é um dos aspectos mais marcantes do “Campo de Lino”. Degas utiliza uma paleta vibrante dominada por azuis e amarelos, que evocam não só a flora do local, mas também o calor do ar do verão. A luminosidade da obra é conseguida através de uma técnica de pinceladas soltas que permitem que a luz filtre e banhe a paisagem, marca distintiva do Impressionismo. O contraste entre a riqueza das flores e o fundo suave enfatiza a vitalidade da flora e gera uma harmonia visual que acalma o espectador.

Ao contrário de outras obras de Degas onde predominam as figuras humanas, “Campo de Linho” centra-se mais no ambiente, embora a existência de personagens possa ser percebida ao longe, numa faixa mais alta da tela. Esses indivíduos, em posturas sutis de trabalho, passam a fazer parte da própria paisagem, integrando a atividade humana à natureza de forma quase simbiótica. No entanto, são apenas sugestões, o que evidencia a preferência de Degas pelo subtil e pelo oculto, sugerindo a presença humana mas sem torná-la protagonista.

Um aspecto interessante da criação de "Campo de Lino" reside na sua datação de um período em que Degas ainda procurava expandir o seu universo temático, afastando-se por vezes do teatro e da dança e explorando a paisagem, talvez influenciado pelos seus contemporâneos impressionistas. . A obra pode não ter sido tão celebrada como as suas representações de dançarinos, mas revela o interesse de Degas pela luz natural e pelos seus efeitos no ambiente, um interesse partilhado por muitos dos seus contemporâneos, como Monet e Renoir.

Em suma, “Campo de Lino” é uma obra que sintetiza o virtuosismo de Edgar Degas, não só como pioneiro do movimento impressionista, mas também como poeta das paisagens do quotidiano. A sua capacidade de captar a essência de um momento fugaz da natureza, através de pinceladas dinâmicas e de uma paleta vibrante, coloca esta obra num lugar relevante dentro do vasto corpus da pintura. Estando o espectador imerso neste campo de flores, é difícil não se sentir atraído pela serenidade apresentada, que convida à reflexão sobre a interligação entre o homem e o seu ambiente natural.

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