Embora dependa de críticos e historiadores debaterem sobre a técnica e o mérito artístico de cada obra de arte, há algumas obras pinturas que, com o passar dos anos, ainda surpreendem pelo seu impacto na opinião pública.
Desde as obras consideradas demasiado obscenas, demasiado grosseiras ou demasiado sangrentas até atos de profanação ou declarações políticas poderosas, estas são algumas das obras de arte mais controversas já criadas.
Kuadros compilou 5 das obras mais controversiais da história. Você concorda com a seleção? Qual você incluiria?
No. 5 Olimpia - Manet
Com Olimpia, Manet desafiou o tema tradicional do nu feminino, utilizando uma mensagem forte. Tanto o tema quanto sua representação explicam o escândalo causado por esta pintura no Salão de 1865. Embora Manet tenha citado numerosas referências iconográficas, como a Vênus de Urbino de Ticiano, a Maja Desnuda de Goya e o tema da Odalisca com sua escrava negra, entre outras.
O quadro retrata a realidade fria e prosaica de um verdadeiro tema contemporâneo, já que Vênus se tornou uma prostituta, desafiando o espectador com seu olhar direto.
Esta profanação do nu idealizado, a própria base da tradição acadêmica, provocou uma reação violenta em sua época. Os críticos atacaram a "odalisca de ventre amarelo" cuja modernidade foi defendida por um pequeno grupo de contemporâneos de Manet com Zola à frente.
Além de seus fundos sexuais flagrantes, os críticos estavam desgostosos com a apresentação realista de Manet, cujo colorido foi comparado com "o horror do necrotério" e cujas mãos e pés foram chamados de "sujos" e "enrugados".
Junto com O almoço na relva, Olimpia atualmente está no Museu de Paris de Orsay. Embora a obra tenha sido um dos pontos altos deste museu durante décadas, continua inspirando novos debates e diálogos.
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No. 4 O Juízo Final - Michelangelo
O Juízo Final de Michelangelo está localizada na parede atrás do altar na Capela Sistina. Sua representação da segunda vinda de Cristo em "O juízo final" gerou uma controvérsia imediata por parte da igreja católica da contrarreforma.
Os funcionários religiosos falaram contra o afresco, por várias razões, uma das quais foi o estilo em que Michelangelo pintou Jesus sem barba e no estilo clássico da mitologia pagã. Mas o mais relevante para a igreja foram as 300 figuras na pintura, na sua maioria homens nus.
Michelangelo foi alvo de muitas críticas por esta pintura, porque disseram que ele havia criado uma controvérsia entre a arte e a religião. Mas, no final, a irrefutável habilidade artística de Michelangelo saiu vitoriosa sobre toda a sua crítica. A versatilidade do gênio para pintar o corpo humano em diferentes poses é algo que os conhecedores da arte não podiam ignorar.
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No. 3 A Clínica Gross - Thomas Eakins
Reconhecida como uma das melhores pinturas americanas já criadas, este ícone da arte americana foi criado especificamente para a Exposição do Centenário da Filadélfia de 1876.
Nesta pintura, o pintor Thomas Eakins estava ansioso para mostrar seu talento junto com os avanços científicos do Jefferson Medical College localizado em Filadélfia.
O núcleo da pintura é o Dr. Gross, já que a luz e a composição conspiram para atrair a atenção para o professor dirigindo uma clínica de cinco médicos que operam na coxa esquerda de um paciente.
Mas sua representação da cirurgia foi considerada demasiado gráfica, e a pintura foi rejeitada pela Exposição da Filadélfia, talvez porque o tema era demasiado sangrento e brutal para ser exibido no prédio de arte, enquanto alguns críticos atacaram seu temível tratamento vulgar do tema e o melodrama adicionado.
Para Kuadros, Eakins cativa o público com a realidade da obra, o sangue vermelho brilha e mancha os dedos e o bisturi do cirurgião. A incisão aberta é repugnante, mas o espectador se torna uma pessoa mais na sala de operações.
Agora, um século depois, a pintura finalmente foi reconhecida como uma das melhores obras de seu tempo, tanto por retratar detalhes honestos de forma, profundidade e proporção, assim como por seus méritos artísticos e científicos.
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No. 2 A Origem do Mundo - Gustave Courbet
Poderíamos apontar A origem do mundo (1866) como a obra de arte mais controversa de Gustave Courbet.
O tema da pintura é indubitavelmente atraente, apresentando uma mulher nua com as pernas abertas que mostram amplamente seus genitais. No entanto, graças ao grande virtuosismo de Courbet e ao refinamento do uso da cor âmbar, a pintura escapa do esquema pornográfico.
Gustave pintava regularmente nus femininos, às vezes de maneira libertina. Mas, nesta obra, foi a audácia e franqueza que deram à pintura uma fascinação especial.
Enquanto muitos citam Olimpia de Manet (1865) como o nu mais revolucionário do século XIX, nesta obra, Courbet leva o tema a um campo ainda mais impactante e controverso. Seu alto erotismo o distingue de outras obras.
A Origem do Mundo, agora abertamente exposta, ocupou seu lugar na história da pintura moderna. Até hoje continua suscitando controvérsia sobre a censura artística e o voyeurismo.
No.1 A Trincheira - Otto Dix 1920
Otto Dix começou a trabalhar em A Trincheira enquanto servia nas frentes oriental e ocidental da Primeira Guerra Mundial.
Suas pinturas, particularmente a Guerra de Trincheiras (1920-3), foram criadas em rejeição à crescente campanha nazista que buscava glorificar a guerra.
Esta pintura não é horrível em sua precisão cirúrgica, é a violência sem sentido que ocorre no campo de batalha e as pinceladas agressivas que lhe dão um impacto sinistro.
A melhor descrição foi publicada por Walter Schmits no jornal Kölnische Zeitung em 7 de dezembro de 1923: "Na luz fria e fantasmagórica do amanhecer ... aparece uma trincheira na qual acaba de cair um devastador bombardeio. O estanque brilha nas profundezas como enxofre venenoso. A trincheira se enche de corpos horrivelmente mutilados e fragmentos humanos. Dos crânios abertos, os cérebros brotam como grossos grãos vermelhos; extremidades rasgadas, intestinos, fragmentos de uniformes, formam projéteis de artilharia ... um vil monte ... Restos de corpos meio caídos, que provavelmente foram enterrados nas paredes da trincheira por necessidade e expostos pelos projéteis explosivos, misturados com os cadáveres frescos e cobertos de sangue, empalados em estacas".
Este trabalho criado durante a Alemanha nazista foi muito controverso. Acredita-se que até 200 das obras de Dix foram confiscadas e destruídas pelos nazistas, o que deixa pouca evidência da surpreendente carreira artística do pintor.
KUADROS ©, uma pintura famosa na sua parede.
