Morte: sou eu quem te deixa sério; Vamos nos abraçar (ilustração 20) - 1896


tamanho (cm): 50 x 75
Preço:
Preço de vendaруб21.200,00 RUB

Descrição

A obra "Morte: Sou eu quem te deixa sério; vamos nos abraçar" (ilustração 20), de 1896, do artista simbolista Odilon Redon, encarna com maestria a tensão entre existência e mortalidade. Redon, conhecido pela sua exploração de temas como sonho, fantasia e mistério, utiliza esta pintura para abordar a inevitável aproximação da morte de uma forma que pode parecer melancólica, mas também profundamente humanista.

Na composição, o espectador é saudado por uma figura central que exala um ar enigmático. Esta figura, representando a morte, tem uma presença imponente. A forma como é apresentada, desprovida da forma tradicionalmente aterrorizante da morte, sugere uma abordagem ao desconhecido. A figura parece envolvente, como se convidasse a vida a aproximar-se dela num gesto de aceitação ou entrega. O fato de a morte ser apresentada desta forma nos leva a refletir sobre a nossa própria relação com a finitude e a fragilidade da vida.

O uso da cor é particularmente significativo neste trabalho. Redon utiliza uma paleta profusa de tons profundos e escuros, criando uma atmosfera quase onírica que destaca a tensão emocional do sujeito. Os azuis e pretos contrastam com leves toques de cores quentes, sugerindo uma luz interior emitida pela própria figura emergente. Este contraste não só dá profundidade à imagem, mas também simboliza a luz e as trevas que coexistem no ciclo de vida e morte. A atmosfera que emana da pintura é ao mesmo tempo séria e contemplativa, convidando o espectador à reflexão silenciosa sobre a sua própria existência e o que representa o seu fim.

Redon, precursor do simbolismo e um dos principais expoentes desta tendência artística no final do século XIX, utiliza seu estilo característico de delinear e desfocar para criar uma obra que foge da realidade literal e mergulha na representação metafórica de seus temas . A ausência de um contexto narrativo explícito permite que a interpretação da imagem permaneça aberta, cabendo a cada espectador encontrar o seu próprio significado na relação apresentada entre a vida e a morte.

Além disso, é relevante notar que a obra faz parte de uma série de litografias e obras que Redon produziu neste período, nas quais aprofunda aspectos existenciais e o profundo simbolismo da vida. A sua abordagem à pintura como meio de explorar a psique humana e o que se esconde para além do visível estabelece uma ligação entre a sua prolífica obra e as preocupações filosóficas do seu tempo.

“Morte: Sou eu quem te deixa sério; vamos nos abraçar” convida você a viver o momento com seriedade, mas também com aceitação. A obra confronta-nos com a fragilidade da vida, lembrando que a morte, longe de ser um simples momento final, pode ser vista como uma promessa de encontro e de unidade com o que fomos e o que amamos. A capacidade de Redon de amalgamar o sombrio e o esperançoso numa única imagem perdura, desafiando a nossa percepção da morte como algo absoluto e final. Através desta exploração artística, Redon oferece-nos um espaço de contemplação e compreensão da nossa natureza humana na sua totalidade.

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