Uma paisagem bretã. Moinho de David. - 1894


tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de vendaруб23.900,00 RUB

Descrição

A obra "Uma paisagem bretã. Moinho de David", de Paul Gauguin, pintada em 1894, insere-se na busca do artista por um estilo pessoal que rompesse com as convenções da arte acadêmica de sua época. Nesta obra, o espectador depara-se com uma paisagem que, embora evoque a naturalidade dos ambientes rurais, é antes uma construção visual onde a cor e a forma assumem um papel singular. A pintura representa a realidade visual de um moinho bretão, tema recorrente em sua produção, mas seu tratamento transcende a simples representação da paisagem.

A composição distingue-se pela sua estrutura equilibrada, estando o moinho situado à direita, estabelecendo um eixo dinâmico com a encosta que se estende para a esquerda. Os tons suaves que cobrem o campo, aliados à cor verde vibrante, que se fragmenta em diferentes tonalidades, induzem uma sensação de profundidade e vitalidade. O céu, de um azul profundo pontilhado de nuvens brancas, contrasta vivamente com o corpo da obra. Através do uso da cor, Gauguin não só representa a cena, mas também capta a experiência emocional do espaço, propondo uma interpretação pessoal da natureza.

O tratamento da luz na obra é sutil; A combinação de sombras e brilho não se limita a identificar a hora do dia, mas sugere a atmosfera em que o espectador se encontra. A gestão da luz torna-se um meio de evocar a serenidade da paisagem, enquanto as pinceladas fortes conferem dinamismo à superfície pictórica. Esta abordagem estilística alinha-se com o símbolo da pintura pós-impressionista, onde a subjetividade e a interpretação pessoal do artista prevalecem sobre a duplicação fotográfica da realidade.

Embora a obra em si não apresente figuras humanas, a sua presença faz-se sentir através da história que a paisagem sugere. O moinho, enquanto edifício, evoca não só a actividade agrícola e rural da Bretanha, mas também o quotidiano e o trabalho dos seus habitantes, reflectindo assim a ligação de Gauguin com a cultura local. Em certo sentido, a ausência de personagens humanos convida o espectador a projetar a sua própria narrativa, a completar a história que surge diante dos seus olhos.

Gauguin, pioneiro na exploração da pureza da cor e da forma, proporciona em “Un paisatge breton” uma visão que combina o real e o imaginado. O uso de cores agitadas e sua disposição lembram suas obras posteriores, mais simbólicas, o que demonstra como nessa época sua linguagem estética particular já começava a tomar forma. Esta pintura pode ser vista como uma ponte entre a sua fase mais experimental e a sua eventual mudança para o Taiti, onde a sua relação com a natureza e os temas da cultura se tornaria ainda mais profunda.

Em suma, "Uma paisagem bretã. O moinho de David" é uma obra que sintetiza a essência da procura artística de Paul Gauguin nos anos 90, período onde a paisagem não representa apenas um mero espaço físico, mas também uma área de introspecção emocional e cultural. Desta forma, a pintura torna-se não apenas uma elegante manifestação do naturalismo bretão, mas também um testemunho da evolução de um artista que ousou desafiar as regulamentações do seu tempo.

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