A Semente do Areoi - 1892


tamanho (cm): 60 x 75
Preço:
Preço de venda1.074,00 lei RON

Descrição

A Semente do Areoi, pintada por Paul Gauguin em 1892, é uma obra que sintetiza a busca do artista por uma expressão mais pura e espiritual da realidade. Tendo-se mudado para o Taiti em 1891, Gauguin procurou libertar-se das convenções da arte ocidental, mergulhando num mundo visual repleto de simbolismo, cores vibrantes e temas que evocam a ligação com o primitivo e o transcendental. A Semente do Areoi reflete esses ideais, apresentando uma abordagem diferenciada na representação das figuras e dos elementos naturais que constituem a sua composição.

No centro da obra, podem ser vistas duas mulheres em pé, evocando uma presença quase mítica, simbolizando o ideal taitiano de maternidade e fertilidade, conceitos profundamente enraizados na cultura polinésia. Estas figuras estão rodeadas por um ambiente natural exuberante, onde tons de verde se misturam com os azuis profundos e dourados quentes do fundo. Aqui, a cor não é apenas um meio de representação, mas o veículo de emoção e simbolismo que Gauguin quis expressar. A paleta utilizada é intensa e saturada; Cores brilhantes e contrastantes se sobrepõem, criando uma sensação de vibração que convida o espectador a explorar além da superfície. Os tons intensos de amarelo e verde brilhante contrastam com os tons terrosos das figuras, causando atenção imediata às mulheres e à sua relação com a terra que as rodeia.

A gestão do espaço na Semilla do Areoi é notável. Ao contrário das composições tradicionais, que tendem a seguir uma ordem linear e clareza de perspectiva, Gauguin opta por uma organização mais abstrata. As figuras situam-se num plano quase plano, o que desafia as noções tradicionais de profundidade e tridimensionalidade que predominavam na arte ocidental da sua época. Isto sugere uma ligação mais profunda entre as figuras e o seu ambiente, onde a terra e as pessoas partilham o mesmo ciclo de vida. Além disso, o uso da linha e da forma é característico do estilo sintético de Gauguin, onde a simplificação das formas contribui para a representação de uma realidade mais simbólica do que natural.

Um elemento fascinante a considerar é o simbolismo da “semente”, que pode ser interpretado em vários níveis. Nas culturas polinésias, a semente é um símbolo de vida e de futuro, sugerindo a perpetuidade da existência, bem como as ligações entre gerações. A referência aos Areoi, antiga sociedade taitiana que valorizava a beleza e a sensualidade, também acrescenta uma camada de complexidade à obra, ressaltando a busca de Gauguin em compreender e, ao mesmo tempo, homenagear a espiritualidade dos povos indígenas que conheceu. .

A Semente do Areoi não é apenas uma obra-prima do simbolismo e da pintura pós-impressionista, mas também atua como um testemunho da transformação pessoal e artística de Gauguin. Relativamente a outras obras do seu período taitiano, como “De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?”, esta pintura partilha a mesma busca existencial e ligação com a natureza. Em síntese, A Semente do Areoi é uma peça rica em significado e estética que continua a intrigar o espectador, convidando-o a refletir sobre as complexidades da existência humana e a sua relação intrínseca com a natureza e a cultura.

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