A fome de 1916 - 1961


Tamanho (cm): 50x75
Preço:
Preço de venda991,00 lei RON

Descrição

A obra "A Fome de 1916 - 1961" de Hossein Behzad é um testemunho visual poderoso que resume a experiência devastadora de fome e sofrimento que marcou um período crítico na história contemporânea. Behzad, conhecido por sua capacidade de fundir elementos da pintura tradicional persa com técnicas modernas, cria uma narrativa que retrata as camadas profundas da dor humana diante da adversidade.

Na leitura atenta desta pintura, é possível perceber como o artista utiliza uma paleta de cores suaves e terrosas, predominando os tons marrons, cinzas e ocres. Estas cores desempenham um papel crucial na evocação da inquietação e da desolação; Sugerem não apenas a fome material, mas também a desesperança que paira sobre os personagens representados. A escolha da cor reforça a gravidade do tema, tornando-se um veículo para transmitir emoções tão intensas como o sofrimento e a perda.

A composição da obra é particularmente marcante. Em primeiro plano distinguem-se figuras humanas cujas viseiras desoladas parecem irradiar sofrimento e desespero. A forma como estas figuras estão dispostas cria uma hierarquia visual que atrai o olhar do espectador para o sofrimento coletivo que partilham, evocando um sentido de comunidade na adversidade. Behzad incorpora figuras que, embora abstratas na sua representação, possuem uma carga emocional palpável. As suas posturas, por vezes curvadas ou petrificadas, reflectem o impacto da fome na humanidade, colocando as pessoas num quadro de total vulnerabilidade.

A obra não se concentra apenas na tragédia individual, mas também sugere uma crítica social das condições que causam tais calamidades. Esta abordagem objectivada é frequentemente encontrada na arte contemporânea, mas Behzad, ao incorporá-la com a sua formação na tradição persa, oferece uma perspectiva que transcende circunstâncias específicas e se torna uma reflexão sobre o sofrimento humano em geral.

O uso da linha e da forma também é fundamental nesta pintura. Os contornos delineados das figuras contrastam com os fundos mais suaves e desfocados, enfatizando a dureza das vidas representadas perante um mundo que parece indiferente ao seu sofrimento. A experiência visual criada por Behzad é uma mistura de realismo e simbolismo, onde cada elemento está intrinsecamente ligado à mensagem da obra.

Behzad, sendo uma figura proeminente na arte persa do século XX, relembra na sua obra os princípios estéticos dos seus antecessores, mas ao mesmo tempo, adapta-se aos tempos modernos para abordar temas universais. Comparando "A Fome de 1916 - 1961" com outras obras da sua fase mais crítica, como certas versões de poesia visual ou o que poderia ser considerado arte de protesto, pode-se identificar um fio condutor em que a experiência humana e a crítica social estão inextricavelmente entrelaçadas.

Concluindo, "The Famine Of 1916 - 1961" não é apenas uma obra de arte visual, mas também um comentário profundo sobre a condição humana face à privação e à tragédia. Através do seu domínio composicional e da escolha da cor e da forma, Behzad não só documenta um momento histórico específico, mas convida o espectador a uma reflexão mais ampla sobre o sofrimento e a resiliência humanos. Desta forma, o seu trabalho torna-se uma questão imponente sobre a nossa humanidade partilhada.

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