Autorretrato - 1918


Tamanho (cm): 60x75
Preço:
Preço de venda1.070,00 lei RON

Descrição

A pintura “Autorretrato – 1918” de Chaim Soutine é uma obra que irradia intensidade emocional e profunda introspecção, características distintivas do estilo do autor. Soutine, um importante representante do Expressionismo e do Fauvismo, é conhecido pela sua forma de traduzir o tumulto interior e a complexidade da existência humana através da pintura. Neste autorretrato, Soutine oferece-nos não apenas uma imagem do seu próprio rosto, mas também uma visão perturbadora da sua psique num momento crítico da sua vida.

Observando a composição da obra, a primeira coisa que chama a atenção é a força dos gestos. A pincelada é enérgica e quase visceral, traço que Soutine emprega com maestria para transmitir suas emoções. A pintura apresenta um fundo escuro que encerra o modelo numa espécie de isolamento; Esta escolha de um cenário sombrio cria um contraste poderoso que torna o rosto do artista ainda mais proeminente. A luz atinge sua figura seletivamente, iluminando dramaticamente seu rosto, sugerindo vulnerabilidade e força.

A paleta de cores é outra característica marcante deste autorretrato. Soutine opta por um uso ousado de tons, dominados por amarelos quentes, verdes suaves e tons marrons que parecem pulsar com vida. Esta escolha cromática não é apenas uma representação da sua figura, mas também parece evocar estados emocionais: as cores mais escuras reflectem a sombra do desespero, enquanto os destaques parecem ansiar por algum tipo de esperança. A combinação desses elementos confere à obra uma energia tumultuada, quase como se a tela pudesse vibrar com as emoções do artista.

Quanto aos traços faciais, Soutine é retratado com um olhar intenso que penetra na emoção do espectador. Seus olhos, mesmo numa representação aparentemente distorcida e quase caricatural, comunicam uma história de sofrimento e introspecção. Esta abordagem quase abstrata da figura humana, tão característica de Soutine, reflete a sua rejeição das normas do retrato tradicional para mergulhar num território psicológico mais perturbador e significativo. A distorção das proporções e da forma realça o seu desejo de ir além da mera representação física, procurando captar a essência do seu ser interior.

O contexto de criação deste trabalho é relevante. Pintado em 1918, o autor vive um período tumultuado, marcado pela instabilidade do pós-guerra e pela luta pessoal, que se reflete na ansiedade e na melancolia do autorretrato. Soutine, pioneiro do expressionismo, utiliza sua técnica para abordar temas de identidade e sofrimento, transformando seu próprio rosto em um espelho da dor humana. Esta procura de autenticidade através da deformação e do uso emocional da cor coloca-o numa linha de continuidade com outros artistas do seu tempo, mas também estabelece o seu reconhecimento distintivo.

“Autorretrato – 1918” é, em última análise, um testemunho da interioridade turbulenta de Chaim Soutine. Com o uso habilidoso da cor e do pincel, ele transforma o que poderia ter sido uma simples representação em um profundo diálogo emocional. Esta obra convida o observador não só a contemplar a imagem do artista, mas também a refletir sobre a luta do indivíduo face à adversidade e à identidade. Nesse sentido, o autorretrato torna-se uma poderosa manifestação do espírito humano em suas diversas facetas, unindo o pessoal ao universal.

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