Casas com telhados pontiagudos - 1921


Tamanho (cm): 65x50
Preço:
Preço de venda912,00 lei RON

Descrição

A obra “Casas com Telhados Pontiagudos” de Chaim Soutine, pintada em 1921, constitui-se como uma manifestação do estilo expressionista na pintura, que caracteriza grande parte da obra do artista lituano-francês. Soutine, conhecido pela sua abordagem emocional à representação da realidade, capta nesta obra uma interpretação única e vibrante de uma cena arquitetónica que nos convida a entrar no seu mundo interno, onde a cor e a forma desempenham um papel fundamental.

A composição de "Casas Con Techos Puntiagudos" destaca-se pelo dinamismo e pela instabilidade emocional quase palpável. As casas, delineadas com contornos irregulares e telhados pontiagudos que parecem quase transbordar a trama, alinham-se cenicamente numa paisagem que emana tanto um sentimento de pertença como de alienação. A forma como Soutine trabalha o espaço convida o espectador a uma experiência que vai além da simples representação, pois suas estruturas parecem desafiar a gravidade, sugerindo um jogo entre o sólido e o etéreo.

O uso da cor é um dos aspectos mais fascinantes da obra. Soutine utiliza uma paleta vibrante que se move entre verdes profundos, amarelos quentes e azuis intensos, criando uma atmosfera ao mesmo tempo onírica e perturbadora. As cores não existem apenas para retratar a realidade, mas também se tornam um veículo de expressão emocional. A sutil variação de tons, aliada às pinceladas gestuais que caracterizam sua técnica, evocam uma sensação de movimento e vitalidade nos edifícios e no ambiente. Este tratamento da cor é uma indicação clara da sua capacidade de transmitir a experiência visceral da paisagem e a sua relação com o observador.

Um elemento distintivo do trabalho de Soutine é a sua tendência para se concentrar no quotidiano, o que muitas vezes é esquecido. Em “Casas com Telhados Pontiagudos” não há personagens visíveis; Em vez disso, o foco é colocado quase exclusivamente nos edifícios e nos seus arredores. Isto permite ao espectador mergulhar na textura e atmosfera do local, proporcionando uma carga simbólica que nos convida a refletir sobre a solidão e a identidade na vida urbana. As casas parecem murmurar histórias de seus moradores, embora sua presença física esteja ausente, característica recorrente na obra de Soutine, que encontra a humanidade no inanimado.

A obra também serve como ponto de conexão com o movimento da École de Paris, do qual Soutine foi membro destacado. Esta tendência artística, cultivada por expatriados, foi fundamental no desenvolvimento da arte moderna, e o seu foco na subjetividade e na emoção pode ser sentido intensamente nesta representação arquitetônica. A busca de Soutine em expressar a angústia e a intensidade da vida manifesta-se aqui, num pincel que capta tanto o espírito do lugar como a sua fragilidade.

Concluindo, “Casas com Telhados Pontiagudos” não é apenas a representação de um grupo de edifícios; é uma prova do talento de Chaim Soutine em criar uma conexão visceral entre arte, público e meio ambiente. Através do uso da cor, da sua composição envolvente e do foco no arquitectónico como representação do humano, Soutine abre um espaço de interpretação e emoção que transcende o tempo e o lugar, tornando a sua obra numa peça fundamental para compreender a evolução da arte de o século XX.

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