Colheita em Eragny - 1901


tamanho (cm): 70 x 60
Preço:
Preço de venda1.029,00 lei RON

Descrição

A obra "Colheita em Eragny" (1901) de Camille Pissarro é um exemplo claro do compromisso do artista com o impressionismo e da sua capacidade de tematizar a vida rural. Pissarro, muitas vezes considerado o pai do Impressionismo e do Pós-Impressionismo, capturou nesta pintura a essência do trabalho agrícola, tema recorrente em sua obra ao longo de sua carreira. Esta composição, que evoca a ligação entre o homem e a terra, está situada em Eragny, cidade perto de Paris onde o artista viveu durante vários anos.

Nesta obra a composição é dinâmica e fluida, com figuras humanas que aparecem como elementos intrínsecos à paisagem. A perspectiva parece orgânica, como se o espectador pudesse se integrar à cena, traço distintivo que Pissarro cultivou ao longo de sua carreira. Dois agricultores estão em primeiro plano, ajoelhados no chão, com um terceiro ligeiramente afastado que parece contemplar o trabalho no campo enquanto as suas mãos se ocupam na colheita. Esta aposta no trabalho agrícola não só reflecte a realidade social da época, mas também presta homenagem à dignidade do trabalho manual.

O uso da cor em "Harvest at Eragny" é particularmente notável. Pissarro utiliza uma paleta vibrante e luminosa, utilizando tons quentes de amarelos e dourados, que evocam a luz do sol e o calor do verão. Essas cores não servem apenas para representar a paisagem, mas também para transmitir a atmosfera da cena. A interação entre luz e sombra é habilmente tratada, sugerindo a hora dourada do dia, quando o sol começa a se pôr.

A textura é outro elemento chave neste trabalho; Pissarro usa pinceladas soltas para criar uma sensação de movimento e vitalidade no campo. Esta abordagem alinha-se com os princípios do impressionismo, onde o próprio ato de pintar se torna um meio de expressão. Os diferentes tons nas áreas de cultivo e a representação da vegetação proporcionam uma sensação de profundidade e tridimensionalidade, absorvendo o espectador na cena.

Um dos aspectos menos conhecidos de "Colheita em Eragny" é o contexto pessoal de Pissarro na época. Os anos 1900 foram um período de mudanças tanto na vida do artista quanto no mundo da arte. Pissarro, embora já tivesse alcançado notoriedade, manteve-se profundamente empenhado na exploração da luz, da vida rural e da paisagem, considerando-a um veículo para a sua expressão criativa. A obra reflete a sua afinidade com o naturalismo e o impressionismo, ao mesmo tempo que sente a necessidade de experimentar as novas tendências emergentes na arte do seu tempo.

Concluindo, “Colheita em Eragny” é uma rica manifestação das preocupações estéticas e temáticas de Camille Pissarro. Através da representação do trabalho no terreno, do uso da cor e da textura e da inclusão de figuras humanas numa paisagem dominada pela natureza, a obra convida o espectador a contemplar não só a beleza da cena, mas também o seu significado mais profundo em relação com a vida cotidiana e as lutas dos seres humanos. Esta pintura é, sem dúvida, uma celebração da vida rural e um testemunho do talento incomparável de Pissarro para capturar a essência do momento e do lugar na sua arte.

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