Mulher com alça - 1892


tamanho (cm): 50x85
Preço:
Preço de venda€215,95 EUR

Descrição

Na obra "Mulher com Manga" de Paul Gauguin, pintada em 1892, expressa-se claramente a busca pela espiritualidade e uma conexão primordial com a natureza que caracterizou o trabalho do artista durante sua estada no Taiti. A pintura, ao mesmo tempo vibrante e contemplativa, oferece uma rica representação da figura feminina, inserida numa paisagem luminosa onde a intensidade da cor se torna a verdadeira protagonista.

A composição é aparentemente simples, mas é precisamente esta simplicidade que permite que a forma e a cor subam. A mulher, com a pele morena que contrasta com a manga que segura, assume um ar de majestade e simbolismo. A sua expressão serena convida o espectador a mergulhar na história da sua existência, numa espécie de diálogo silencioso que evoca o feminino e o elementar. Está inserido num ambiente que, embora abstrato, parece tangível e vivo, onde os tons da vegetação se fundem numa sinfonia de verdes, amarelos e azuis.

O uso da cor é um dos aspectos mais notáveis ​​desta obra, que segue a herança pós-impressionista de Gauguin. Em vez de se limitar à representação naturalista, Gauguin emprega a cor de uma forma quase simbólica, utilizando tons saturados para expressar emoções e estados de espírito. A paleta quente, dominada pelos laranjas e amarelos, envolve o espectador numa atmosfera tropical, evocando a luz intensa das ilhas e, ao mesmo tempo, o calor humano que ressoa na figura da mulher.

A manga, elemento central da pintura, pode ser interpretada como um símbolo de abundância e fertilidade, bem como uma representação do cotidiano da vida taitiana. Nesta obra, Gauguin apresenta a sua modelo, uma taitiana nativa, com uma beleza que transcende os padrões estéticos europeus, celebrando assim uma nova visão de feminilidade, muito distante das convenções ocidentais. A mulher não aparece apenas como objeto de desejo, mas como um ser humano completo, em plena conexão com o seu ambiente.

No contexto da arte do final do século XIX, Gauguin distanciou-se das correntes predominantes na Europa para encontrar uma nova forma de expressão que refletisse o seu descontentamento com a civilização ocidental. “Mujer con mango” representa a sua busca pela espiritualidade através da ligação estética com a vida primitiva, defendendo um regresso ao essencial e ao autêntico. Esta abordagem fez parte de um processo que mais tarde levaria ao desenvolvimento da famosa arte primitivista.

Nos anos que se seguiram, Gauguin continuou a explorar formas e temas semelhantes, permitindo-lhe estabelecer uma linguagem pictórica única que mais tarde influenciaria toda uma geração de artistas. A combinação de elementos visuais, a exploração da cor como meio de expressão emocional e o retrato de figuras humanas num contexto menos representativo podem ser rastreados ao longo das suas obras. "Mujer con mango" não é apenas um belo exemplo de seu estilo; É também um manifesto de um tempo e de um lugar que o artista tentou captar em todas as suas nuances. Nele está a essência de Gauguin: uma viagem ao desconhecido, onde cada pincelada é mais um passo em direção à liberdade criativa e à busca de uma nova estética.

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