Banho de Psique - 1890


tamanho (cm): 55x65
Preço:
Preço de venda€191,95 EUR

Descrição

A obra “The Bath of Psyche” (1890) de Frederic Leighton é um magnífico exemplo do movimento neoclássico e da estética vitoriana, combinando o domínio da figura humana com um simbolismo que evoca vulnerabilidade e beleza. Nesta pintura, Leighton reinterpreta o mito de Psique, cuja encarnação é uma metáfora da vida, do amor e da impermanência da beleza física. O artista, conhecido pelas suas composições elaboradas e pela atenção meticulosa aos detalhes, apresenta Psique no ato íntimo do banho, captando um momento de serenidade e revelação.

Na composição, a figura de Psique é colocada ao centro, acentuada pela luz suave que realça sua pele clara e o delicado jogo de sombras. A figura é tratada com um acabamento quase escultural, que destaca a musculatura e o contorno da sua forma. Sua pose relaxada, com a cabeça levemente inclinada para o lado, transmite uma sensação de vulnerabilidade e contemplação. A água, que flui suavemente ao seu redor, confere um elemento de fluidez à obra, contrastando com a rigidez dos elementos arquitetônicos que a envolvem. A construção arquitetónica arquetípica da parte superior da obra parece emanar estabilidade e ordem, elementos que contrastam com a fragilidade inerente à figura feminina.

O uso da cor em “Banho de Psiquê” é sutilmente magistral. Leighton utiliza uma paleta de tons suaves e suaves, dominados por tons de azul, verde e dourado, criando uma atmosfera calma e sonhadora. A inclusão de elementos como a planta no lado esquerdo da composição acrescenta um toque de naturalidade, enquanto os detalhes ornamentais do vaso e do mosaico no chão revelam a influência de um estilo decorativo que lembra culturas antigas, refletindo uma busca por beleza idealizada em que arte e natureza se entrelaçam.

Psique, filha de um rei e protagonista da história, é frequentemente associada à alma e ao amor, simbolizando o conflito entre o divino e o humano. Este mito, que culmina na sua união com Eros, ressoa profundamente com a missão estética de Leighton, que se dedicou a explorar as emoções humanas através da beleza visual. Em “O Banho de Psique”, a mulher é apresentada como um ser requintado e perfeito, mas também vulnerável, num momento de introspecção e autodescoberta.

Leighton, fervoroso defensor da figura idealizada, situa-se na tradição da arte vitoriana, onde a representação do corpo humano e o tratamento da cor eram cruciais. Esta abordagem alinha-o com outros artistas contemporâneos, como Alma-Tadema, que também se interessou pela história clássica e pelo tratamento detalhado da figura humana, embora cada um com um estilo e abordagem únicos. A obra não é apenas uma representação do mito, mas uma exploração da condição humana e da beleza na sua forma mais pura.

"The Bath of Psyche" reafirma o lugar de Leighton no cenário artístico do século XIX, onde o neoclassicismo se entrelaçou com correntes românticas, mostrando um artista que é ao mesmo tempo um mestre técnico e um poeta visual. Leighton não apenas captura uma cena, mas a transforma em um espaço onde mitologia, beleza e contemplação se entrelaçam, convidando o espectador a refletir sobre a experiência inefável de ser humano. A obra continua sendo uma meditação sobre a própria arte, a busca pela idealidade e o eterno diálogo entre o individual e o divino.

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