Frutas - 1888


tamanho (cm): 75x55
Preço:
Preço de venda€207,95 EUR

Descrição

A pintura "Frutas" de Paul Gauguin, executada em 1888, é uma obra que sintetiza a procura do artista por uma expressão mais profunda da cor e da forma, bem como o seu fascínio por temas da natureza e da vida quotidiana. Nesta obra, Gauguin consegue uma síntese de suas experiências artísticas anteriores e de seu desejo de investigar o essencial da existência através de elementos simples, mas carregados de significado.

À primeira vista, a composição de “Frutas” é uma vibrante celebração da cor. A tela apresenta um conjunto de frutas dispostas de forma que convida à contemplação. A paleta da obra é caracterizada pela utilização de tons saturados e contrastantes que evocam a riqueza e a beleza da natureza. Os amarelos brilhantes das bananas e das peras, juntamente com os vermelhos e roxos das uvas, criam um efeito visual marcante e harmonioso. Gauguin, conhecido pelo uso inovador da cor, emprega esses tons não apenas para representar o objeto, mas também para transmitir uma emoção e uma atmosfera que transcende o físico.

A disposição dos frutos na obra é igualmente significativa. Embora estejam organizados em um arranjo aparentemente casual, cada elemento parece conversar entre si e gerar uma conversa de formas e cores. A forma como os frutos se cruzam e se justapõem reflete a influência da arte japonesa que Gauguin admirava, onde a linha e a composição muitas vezes dançam num equilíbrio singular, sem a rigidez de uma ordem convencional. Isto confere à pintura uma dinâmica que lembra a natureza morta, mas com a intimidade e o simbolismo que caracterizam a obra de Gauguin.

É interessante notar que embora “Frutas” não apresente figuras humanas, a obra está imbuída da essência dos lugares e culturas que Gauguin pretendia explorar e representar. Durante este período, o artista mergulhou na procura de uma arte que reflectisse uma ligação mais profunda com o primitivo e o espiritual, afastando-se do realismo europeu que dominou grande parte da sua carreira anterior. As frutas, portanto, podem ser vistas não apenas como meros objetos físicos, mas como símbolos de vida, abundância e efemeridade, num contexto que estimula a reflexão sobre a passagem do tempo e a experiência sensorial.

Gauguin, através de “Frutas”, também nos oferece um vislumbre do seu mundo interior, onde cada cor e forma se torna um meio de expressar não só o tangível, mas também o emocional e o espiritual. Os frutos expostos na tela podem ser interpretados como uma homenagem à natureza, uma manifestação do prazer da vida que rapidamente se esgota, lembrando-nos a fragilidade e a beleza do momento presente.

No contexto do movimento pós-impressionista, esta obra é um marco importante que nos conduz a uma nova forma de ver as coisas, onde a cor e a forma se tornam agentes de significado. “Frutas” convida o espectador a aproximar-se e a contemplar não só a beleza visível na superfície, mas também as ressonâncias mais profundas que ressoam na relação entre a arte e a experiência humana. Em última análise, Gauguin utiliza este conjunto de frutas como uma meditação sobre o essencial, um lembrete de que mesmo os objetos mais simples podem carregar consigo a complexidade da vida e da emoção.

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