Senhorita Marie De Borderieux


tamanho (cm): 55x75
Preço:
Preço de venda2.937,00 NOK

Descrição

A obra "Mademoiselle Mary De Borderieux", pintada por Jean-Auguste-Dominique Ingres em 1852, é um exemplo notável do talento do artista para captar a elegância e a intimidade do retrato feminino. Ingres, conhecido pelo seu virtuosismo na representação das figuras e pela sua dedicação ao ideal clássico, consegue nesta peça uma fusão do real e do ideal, numa época marcada pela transição entre o neoclassicismo e o romantismo. A figura central, representando Mary De Borderieux, destaca-se pela sua postura e vestuário distintos, que reflectem tanto a moda do seu tempo como a visão única de feminilidade de Ingres.

A composição da obra é extremamente cuidada, onde a figura de Maria ocupa uma posição central, naquele que parece ser um espaço íntimo, quase privado. A disposição do corpo é elegantemente esculpida, com um toque suave que convida à observação. A sua expressão serena e melancólica é enigmática, sugerindo uma profundidade emocional que transcende o meramente superficial. A posição dos seus braços, com um deles apoiado sobre uma mesa, acrescenta um elemento de casualidade e naturalidade à imagem, contrastando com o controlo rigoroso que Ingres aplica noutros aspectos da obra.

As cores utilizadas são suaves e sutis, predominando tons claros que emolduram a luminosidade da pele e as nuances delicadas do vestido. O vestido, em sua maioria branco, é embelezado com detalhes mais escuros que destacam a atenção aos detalhes que é a assinatura de Ingres. A textura do material parece quase palpável, o que é uma prova da sua capacidade de evocar a realidade através da pintura. Além disso, os fundos coloridos que costumam caracterizar outras obras de Ingres são aqui substituídos por um fundo mais neutro, que serve para separar a figura do ambiente, focando a atenção do espectador no protagonista.

A interação de Maria com o entorno é sutil, pois ela é apresentada como peça central da obra, com um ar de dignidade e graça que é ao mesmo tempo cativante e sedutor. Esse foco na figura feminina e em sua psicologia emocional é um traço distintivo de Ingres, que não apenas retrata a aparência, mas se aprofunda na representação da personalidade e do caráter de seus personagens. Este retrato destaca-se no contexto da arte do século XIX pela capacidade de captar o espírito da mulher contemporânea, aliando a ternura a uma presença forte e confiante.

Além disso, "Mademoiselle Mary De Borderieux" pode ser considerada um manifesto da capacidade de Ingres de equilibrar o ideal clássico com a realidade cotidiana. Embora seu estilo representasse a perfeição clássica, ele também soube se integrar ao mundo moderno ao seu redor. Este retrato difere de outros contemporâneos que buscavam uma representação mais revolucionária ou romântica, já que Ingres optou por homenagear a beleza serena e a integridade do indivíduo.

Concluindo, "Mademoiselle Mary De Borderieux" é um testemunho da mestria de Ingres e da sua profunda compreensão da figura humana. Através de uma atenção cuidadosa aos detalhes, de um uso magistral da cor e da composição e de um foco íntimo no retrato feminino, Ingres cria uma obra que não é apenas um retrato de uma mulher do seu tempo, mas também uma meditação sobre a beleza e a individualidade. Este trabalho ressoa com o espectador, convidando-o a refletir sobre as complexidades da identidade e da percepção na vida cotidiana.

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