Retorno da Matilha - 1898


tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de venda3.031,00 NOK

Descrição

Na obra “O regresso da manada” (1898) de Edgar Degas, há uma representação ao mesmo tempo íntima e evocativa da vida rural à qual o artista se sentia intimamente ligado. Degas, conhecido pela sua abordagem inovadora ao movimento e à captura da vida quotidiana, cria nesta peça um diálogo visual que transcende a mera representação da manada de cavalos que entra no plano visual. A peça destaca-se pelo tom atmosférico e pela composição fluida, que revela tanto o domínio técnico do pintor como a sua ligação serena com o mundo natural.

Na parte central da pintura está exposta uma manada de cavalos, localizada em processo de retorno para casa, simbolizando uma harmonia entre o homem e a natureza. Os cavalos são representados com um tratamento quase anedótico, entrando no campo da observação e não da idealização. Seus corpos robustos e detalhes anatômicos são tratados com um nível de atenção que reflete a capacidade de Degas de combinar ação e forma, inquietação e tranquilidade. A perspectiva, inclinada para baixo, pode ser interpretada como uma tentativa de envolver o espectador no movimento do próprio rebanho, gerando uma sensação de proximidade e dinamismo.

O uso da cor em “The Return of the Pack” se destaca pela sobriedade e riqueza tonal. Degas opta por uma paleta que combina tons terrosos com toques de cores mais vibrantes; O fundo, em tons quentes de marrom e verde, proporciona um contraste eficaz com os cavalos marrons escuros e com nuances sutis. Esta escolha de cores não só estabelece um sentido de lugar, mas também chama a atenção para os cavalos, que parecem quase encarnar a própria essência do campo. Degas transmite a luz de uma forma que sugere uma hora específica do dia, o que confere uma qualidade quase poética à composição.

No que diz respeito à representação de personagens, nesta pintura o cavalo é visto num contexto livre de figuras humanas, o que é uma abordagem interessante, visto que Degas incorpora frequentemente dançarinos e outras figuras nas suas obras mais conhecidas. Porém, aqui o foco está no ritmo e na energia do movimento animal, o que pode ser visto como um retorno ao essencial, às raízes do artista na observação e estudo da vida real.

A obra, embora não tão conhecida como algumas de suas cenas de dança ou teatro, ainda pertence ao legado de realismo e observação direta que caracteriza grande parte da produção de Degas. O seu interesse pelo imediatismo da vida, uma constante na sua carreira, manifesta-se aqui de forma subtil mas eficaz, mostrando a sua capacidade de transformar o quotidiano em arte cativante. Este trabalho pode ser contextualizado num diálogo mais amplo sobre o movimento natural e a representação da vida, também visto em outros artistas contemporâneos como Jean-François Millet e Camille Pissarro, que por sua vez exploraram temas rurais e agrários a partir da sua própria perspectiva.

“O Retorno do Rebanho”, no final, é uma síntese da capacidade de Degas em retratar não só o movimento físico, mas também a ressonância emocional, convidando o espectador a contemplar a beleza da paisagem rural e a vida que a habita. É um lembrete de que às vezes a arte mais impactante vem da beleza intrínseca do simples e do cotidiano.

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