Chefe de Campesino - 1934


Tamanho (cm): 55x75
Preço:
Preço de venda2.961,00 NOK

Descrição

O trabalho "chefe de camponeses" de 1934, de Kazimir Malevich, é revelado como uma das peças mais intrigantes da vasta e diversificada produção artística do famoso pioneiro do suprematismo. Esse retrato, particularmente em sua execução e conceitualização, é erguido como um testemunho de uma das fases mais notórias e de transição da carreira de Malevich, dentro de sua constante exploração e evolução artística.

Ao observar a pintura, A primeira coisa que atrai a atenção é a ausência deliberada de facções na face do camponês, que é representado por um espaço em branco elíptico. Esse estilo, característico no trabalho de Malevich durante esse período, denota um afastamento das técnicas figurativas tradicionais em direção a uma expressão mais abstrata e simbólica. Essa decisão estilística pode ser interpretada como uma metáfora para a despersonalização de indivíduos sob sistemas sociopolíticos opressivos, um tema recorrente na reflexão artística de Malevich.

A composição de "Chefe dos Camponês" é notavelmente marcada por sua simplicidade e geometria. O camponês, vestido com roupas simples e monocromáticas, é central no trabalho. As formas são perfeitamente delineadas, destacando os blocos de cores que compõem suas roupas: vermelho no tronco, preto e branco nos braços e um chapéu que atenua o vazio do rosto. Esses elementos geram uma sensação de estrutura rígida e coesa, enquanto linhas e contrastes fortes destacam a solidez e a estabilidade, características que podem se referir à classe trabalhadora que Malevich respeita tanto.

O uso da cor neste trabalho é austero e evocativo. Os tons predominantes são vermelhos, pretos e brancos, em um fundo neutro que não se distrai do protagonista. A escolha do vermelho não é fortuita; É uma cor carregada de simbolismo que conota vitalidade e paixão, revolução e sacrifício, aspectos essenciais na narrativa de muitos dos protagonistas representados por Malevich, talvez refletindo as aspirações e lutas do campesinato russo durante o tempo.

"Chefe dos camponeses", embora pareça um trabalho de transição e exploração, continua a demonstrar o compromisso de Malevich com sua busca de simplificar as formas e revelar a essência do objeto pictórico. A decisão de apagar as linhas do individualismo em favor da comunidade também pode ser entendida no contexto de seu diálogo contínuo com as questões filosóficas e sociais de seu tempo. É, sem dúvida, um diálogo entre o humano e o suprahumano, uma constante em seu artista.

Kazimir Malevich é talvez mais conhecido por seu icônico trabalho de "Square Black" (1915), que marcou um antes e depois de estabelecer os princípios do suprematismo. No entanto, em obras como "Chefe dos camponeses", sua capacidade de mesclar o abstrato com o figurativo e o social se torna igualmente evidente. Malevich não se limita à exploração de formas e cores; Ele está profundamente envolvido na codificação visual da ideologia e filosofia de seu tempo.

No final, "Chefe dos Camponês" é mais do que um simples pintura; É uma declaração poderosa e silenciosa. Ele permite que os críticos e os espectadores modernos enfrentem uma multiplicidade de significados e emoções. Essa pintura se torna um espelho dos desafios e aspirações de uma era, encapsulada em uma face sem identidade, representada na visão única de Malevich.

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