Átropos (O Destino)


Tamanho (cm): 45x95
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Preço de venda3.123,00 NOK

Descrição

A pintura Atropos (As Parcas) do artista Francisco De Goya Y Lucientes é uma obra-prima que representa as três Moiras da mitologia grega, que são responsáveis por tecer o destino humano. Esta obra, que mede 123 x 266 cm, foi pintada em 1819 e é uma das últimas que o artista realizou.

O estilo artístico de Goya se caracteriza por sua habilidade em plasmar a realidade de maneira crua e direta, sem adornos nem idealizações. Em Atropos, pode-se apreciar essa técnica na representação das três figuras femininas, que aparecem em primeiro plano e são retratadas com grande precisão em seus gestos e expressões.

A composição de a pintura é muito interessante, já que as três Moiras estão representadas em diferentes poses e atitudes. A figura da esquerda, que representa Láquesis, segura um livro aberto e olha para o espectador com uma expressão serena. A figura do centro, que representa Cloto, está ocupada em tecer o fio da vida e seu rosto reflete grande concentração. A figura da direita, que representa Atropos, segura uma tesoura com a qual cortará o fio da vida e seu olhar é frio e decidido.

A cor de a pintura é outro aspecto interessante, já que Goya utiliza uma paleta muito reduzida, baseada em tons escuros e cinzas, que dão à obra um ar sombrio e melancólico. Apenas os detalhes dos vestidos das Moiras, que estão decorados com motivos dourados e prateados, trazem um toque de luz e brilho à composição.

A história de a pintura é também muito interessante, já que se sabe que foi encomendada pelo duque de Osuna, um dos mecenas de Goya, para decorar seu palácio em Madri. No entanto, a obra nunca chegou a ser exposta publicamente e permaneceu na coleção privada da família do duque até ser adquirida pelo Museu do Prado em 1886.

Finalmente, um aspecto pouco conhecido sobre a pintura é que, apesar de sua aparente simplicidade e sobriedade, esconde uma grande carga simbólica e filosófica. As Moiras representam o destino humano, mas também a inevitabilidade da morte e a transitoriedade da vida. Goya, que naquele momento já estava muito doente e próximo da morte, plasmou nesta obra sua visão pessimista e desencantada do mundo, na qual o homem aparece como um ser impotente diante das forças que regem sua existência.

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