77 Ponte Inari e Santuário Minato em Teppōzu - 1857


Tamanho (cm): 50x75
Preço:
Preço de venda2.768,00 NOK

Descrição

A obra “Ponte 77 Inari e Santuário Minato em Teppōzu” de Utagawa Hiroshige, realizada em 1857, faz parte da rica tradição do ukiyo-e, forma de gravura japonesa que se popularizou entre os séculos XVII e XIX. Hiroshige, um dos mais reconhecidos mestres do género, capta nesta pintura um momento de reflexão nostálgica e mudança de beleza da natureza, temas recorrentes nas suas obras. A composição apresenta-nos uma paisagem que convida à contemplação, na qual se combinam com maestria elementos naturais e arquitetónicos.

O primeiro aspecto a destacar é a cuidadosa disposição dos elementos da pintura. Em primeiro plano, a Ponte Inari surge como ponto de ligação entre as diferentes partes da paisagem, sugerindo tanto um caminho físico como um passo em direção à espiritualidade oferecida pelo santuário Minato, localizado ao fundo. A ponte, com arcos graciosamente curvados, destaca-se pelo seu design elegante que parece fluir com o ambiente. Este tratamento da arquitetura em harmonia com a natureza é característico do estilo de Hiroshige, que consegue fazer com que o horizonte se confunda suavemente com a paisagem, criando uma sensação de profundidade e continuidade.

Os tons da obra são cativantes; A riqueza dos azuis e verdes se aliam às suaves nuances dos tons ocres e cinzas que representam a terra e a arquitetura, resultando em uma paleta equilibrada e harmoniosa. A luminescência do céu, onde as nuvens parecem filtrar a luz, acrescenta significado emocional à paisagem, evocando uma atmosfera de serenidade e meditação. Hiroshige utilizou frequentemente técnicas de gradação de cores que conferem às suas obras uma sensação de movimento e vitalidade, e esta peça não foge à regra: o céu azul transforma-se gradualmente em branco, realçando a calma do pôr do sol sentida na cena.

Quanto aos personagens, embora a obra se concentre mais no ambiente natural e arquitetônico, pequenas figuras podem ser vistas espalhadas pela composição. Estas silhuetas, representando pedestres ou viajantes, sugerem o quotidiano que se desenrola nesta paisagem serena. Hiroshige consegue incluí-los sem sobrecarregar a imagem; pelo contrário, são elementos que reforçam a sensação de imensidão da paisagem e de ligação entre o homem e a natureza.

A representação de espaços sagrados, como o Santuário Minato, em conjunto com a paisagem natural, é uma afirmação clara da influência do Xintoísmo na vida quotidiana e na arte japonesa da época. Nesse sentido, Hiroshige não apenas capta a beleza visual de um lugar, mas também convida o espectador a vivenciar uma conexão espiritual. O uso de motivos da natureza e da arquitetura tradicional japonesa ressoa com a filosofia xintoísta que elogia a beleza e a impermanência do mundo natural.

Concluindo, “77 Ponte Inari e Santuário Minato em Teppōzu” não é apenas uma representação de uma paisagem japonesa, mas torna-se um estudo sobre a inter-relação entre o humano e o divino, o natural e o construído. A obra resume o domínio técnico de Hiroshige no uso da perspectiva, cor e harmonia, elementos que definem o ukiyo-e e continuam a fascinar espectadores e críticos de arte pela sua capacidade de evocar emoções e reflexões sobre o nosso lugar no mundo. A arte e o legado de Hiroshige ressoam nesta obra, cujo legado perdura ao longo do tempo como um testemunho da apreciação japonesa pela beleza efêmera da vida.

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