Xícaras de chá - 1914


Tamanho (cm): 75x55
Preço:
Preço de venda€248,95 EUR

Descrição

A pintura “Xícaras de Chá” (1914) de Juan Gris é uma obra emblemática que reflete não só a habilidade técnica do artista, mas também a sua profunda ligação com os princípios do cubismo, movimento do qual é um dos seus mais destacados expoentes. A obra se passa num período em que Gris começou a consolidar sua abordagem própria ao cubismo, integrando elementos da natureza e da vida cotidiana em composições que revelam uma complexa inter-relação entre forma e cor.

A composição de “Xícaras de Chá” é um esplêndido exemplo da capacidade de Gris de fragmentar e reorganizar a realidade. Neste trabalho, as xícaras são apresentadas em uma disposição dinâmica, desafiando a percepção convencional do espaço. A forma como os objetos se entrelaçam cria um ritmo visual que guia o olhar do observador pela superfície da pintura, fazendo com que cada elemento ganhe uma nova dimensão. Esta disposição não é arbitrária; Pelo contrário, reflete uma ordem subjacente que provoca uma resposta introspectiva naqueles que param para contemplá-la.

A cor das “Xícaras de Chá” é outra característica que merece atenção. Gris emprega uma paleta que engloba tons terrosos e matizes vibrantes, equilibrando o calor do amarelo e do marrom com o frescor do azul e do branco. Esta escolha de cores confere à obra uma sensação de harmonia apesar da fragmentação visual inerente ao cubismo. As cores também funcionam como forma de enfatizar a luz e a sombra, sugerindo volumes e profundidades que dificultam ainda mais a interpretação dos objetos representados.

Nesta pintura não há personagens humanos; Em vez disso, o foco recai sobre os objetos no ambiente. A ausência de figuras vivas convida o espectador a refletir sobre a relação entre o espaço doméstico e os objetos que o habitam. As xícaras, presentes na obra, evocam um momento cotidiano de pausa e contemplação, e ao mesmo tempo representam a intersecção entre a arte e o cotidiano, algo que Gris conseguiu captar com maestria.

É interessante considerar o contexto em que Gris criou esta obra. Na década de 1910, o cubismo desenvolveu-se como uma linguagem visual revolucionária e Gris, originário de Espanha, instalou-se em Paris, onde absorveu as novas correntes artísticas. Esta obra não só mostra a sua evolução pessoal como artista, mas também reflecte um momento de transição na arte moderna, onde os artistas começavam a explorar a síntese de formas e cores a um nível mais abstracto e conceptual.

Comparando-o com outras obras contemporâneas no campo do Cubismo, como "Violino e Jarro" de Georges Braque ou "Les Demoiselles d'Avignon" de Pablo Picasso, podemos apreciar como Gris se destaca por infundir uma qualidade quase poética nos objetos , transcendendo-os ainda mais além de sua mera existência física. Em “Xícaras de Chá”, a contemplação do objeto cotidiano torna-se um ato de reflexão sobre o essencial da vida, transformando o banal em algo extraordinário.

Em resumo, “Xícaras de Chá” de Juan Gris é uma obra que encapsula a dualidade inerente ao cubismo: fragmentação e unidade, abstração e realidade. Através do seu manejo magistral da composição e da cor, Gris não apenas capta a essência dos objetos representados, mas também convida a uma busca mais profunda na percepção e na experiência cotidiana. Cada canto desta obra ressoa com um diálogo interno entre o visível e o invisível, convidando o espectador a descobrir a arte que reside no quotidiano.

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