Retrato de James Tissot - 1868


Tamanho (cm): 55x75
Preço:
Preço de venda€244,95 EUR

Descrição

Edgar Degas, um dos grandes mestres do impressionismo, conseguiu na sua obra “Retrato de James Tissot” de 1868 uma dupla homenagem, tanto ao seu contemporâneo como à sua devoção à técnica da pintura. A pintura apresenta-nos Tissot, um artista proeminente da época e amigo próximo de Degas, num momento que parece captar não só a sua aparência física, mas também o seu estado de espírito e carácter.

A composição da obra destaca-se pelo foco no modelo, que se posiciona na pintura com uma postura descontraída, mas digna, posando com ar de confiança. Tissot veste um casaco escuro, que contrasta com a suavidade dos detalhes do fundo, que demonstram a maestria de Degas na aplicação da cor. A paleta é rica e sutil, oscilando entre os tons escuros dos figurinos e os matizes mais claros que circundam a cena, que permitem que a luz do ambiente seja filtrada delicadamente pelo tecido. Este uso da cor não só destaca a figura central, mas ao mesmo tempo sugere uma atmosfera cheia de intimidade e reflexão.

Degas emprega um estilo emblemático de sua época, combinando elementos de romantismo e realismo. Embora o retrato siga os princípios clássicos de representação, a aplicação solta e a atenção à textura revelam a intenção do artista de capturar a essência do sujeito além de sua mera aparência física. A pincelada solta vista nos detalhes, especialmente no cabelo e na superfície do casaco de Tissot, ressoa com a busca do Impressionismo por imediatismo e frescor.

O olhar da Tissot dirige-se ao espectador, estabelecendo uma ligação que transcende o tempo. Este encontro visual e emocional evoca um sentimento de cumplicidade entre o artista e o observador, permitindo que a obra se torne um espaço de diálogo e reflexão sobre a identidade criativa e o papel da arte na vida. Degas consegue assim construir um retrato que, mais do que um simples registo físico, se torna um testemunho da amizade e do respeito mútuo entre dois artistas do seu tempo.

Neste retrato, a escolha de Tissot como tema também é significativa. Integrante do círculo de artistas que incluía Degas, Tissot era conhecido pelas suas representações da vida contemporânea e pela sua técnica detalhada, estabelecendo uma ligação temática e estilística entre elas. A obra não se apresenta apenas como um retrato individual, mas faz parte de uma conversa mais ampla sobre arte, modernidade e a dinâmica da vida social no contexto da Paris do século XIX.

“Retrato de James Tissot” encapsula, então, um momento na história da arte em que a gravura começa a se estabelecer como uma forma legítima de expressão artística e uma meditação sobre a figura na arte. A obra não apenas captura a identidade do modelo, mas também convida à contemplação das relações humanas através das lentes artísticas. Assim, Degas, através desta pintura, continua a sua exploração do espaço, da forma e da emoção, estabelecendo um caminho que as futuras gerações de artistas seguiriam.

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