Vista geral de Rouen do Banco St.Catherines - 1892


tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de venda¥42,100 JPY

Descrição

A pintura "Vista Geral de Rouen do Banco de Santa Catarina", de Claude Monet, pintada em 1892, é um exemplo extraordinário da abordagem impressionista do artista à paisagem. Monet, considerado um dos fundadores do movimento impressionista, capturou, nesta obra, a essência efémera da luz e da atmosfera, características definidoras da sua obra. Localizada em Rouen, a obra oferece uma vista panorâmica da cidade a partir do banco de Santa Catarina, local elevado que permite ao espectador contemplar a silhueta urbana e seu entorno natural.

A composição da pintura está em perfeita harmonia; O olhar é guiado por um horizonte onde se entrelaçam as formas arquitetónicas da cidade e a paisagem colorida que a rodeia. As árvores em primeiro plano, num verde vibrante, contrastam com os tons mais suaves e difusos do fundo, onde os edifícios e as nuvens parecem fundir-se numa dança de luz e cor. Monet utiliza uma técnica de pinceladas rápidas e soltas que criam a sensação de movimento e alteram a percepção do tempo e do lugar, efeito que só a técnica impressionista poderia alcançar.

O uso da cor é magistral. Dos tons azulados do céu, que evocam uma suave luz da tarde, aos contrastes de amarelos e laranjas nos edifícios de Rouen, Monet consegue transmitir a atmosfera de um dia ensolarado. A sutileza com que a luz e a sombra são distribuídas proporciona uma sensação de profundidade, afetando a nossa percepção do espaço à medida que a vista se move das árvores para os edifícios distantes.

Um dos aspectos mais interessantes desta obra é a sua relação com o tempo e o lugar. Monet fez várias imagens de Rouen e, tal como na sua série Catedral de Rouen, o seu interesse em como a luz afecta as estruturas foi um tema central no seu trabalho. Embora a "Visão Geral de Rouen do Banco St. Catherines" não inclua figuras humanas, resultando numa paisagem solitária e introspectiva, é fácil imaginar a vida da cidade abaixo, vibrante e ativa, criando um contraste com a serenidade da vista sobre o colina.

A obra também representa a filosofia impressionista de capturar o momento presente. Numa época em que a fotografia começava a popularizar-se, Monet enfatizava a impermanência da luz e da atmosfera, procurando com a sua arte expressar o que é efémero. Esta abordagem contrasta com técnicas mais tradicionais de pintura académica que se centravam na representação precisa e detalhada, explorando em vez disso a percepção subjectiva do mundo.

“Vista Geral de Rouen desde o Banco de Santa Catarina” destaca-se não só como uma paisagem de Rouen, mas como uma reflexão sobre a transformação da arte no limiar do século XX. A obra encapsula o espírito do impressionismo, onde o ambiente natural e a natureza efêmera da luz convergem para criar uma realidade que é ao mesmo tempo tangível e intangível. Através da sua exploração da luz e da cor, Monet convida-nos não só a contemplar Rouen, mas também a vivenciar a beleza do próprio momento. Esta peça é, sem dúvida, um testemunho do legado duradouro que Claude Monet deixou no mundo da arte.

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