O Monstro


tamanho (cm): 50x110
Preço:
Preço de venda¥49,400 JPY

Descrição

Odilon Redon, destacado representante do simbolismo e precursor do modernismo, oferece-nos em sua obra “O Monstro” (1896) uma fascinante exploração da psique e da surrealidade. Pintada numa época em que a arte começava a libertar-se das limitações do realismo, esta obra é um testemunho poderoso da capacidade de Redon de combinar o familiar com o fantástico, levando o espectador a um mundo de sonhos e medos. À primeira vista, “O Monstro” apresenta-se como uma história pictórica que transgride os limites convencionais da representação.

A composição da obra centra-se numa figura central de aparência monstruosa, que evoca inquietação e curiosidade. Este ser grotesco, que pode ser interpretado como uma manifestação do subconsciente, emerge de um ambiente abstrato e quase onírico, caracterizado por manchas de cor que parecem fluir e desaparecer. A escolha da cor é ousada e simbólica; Predominam os tons escuros, reforçando a atmosfera sombria da cena. A paleta, majoritariamente dominada por pretos, cinzas e esverdeados, cria uma sensação de instabilidade, enquanto flashes de luz surgem inesperadamente, sugerindo a luta interna do ser humano com seus próprios demônios.

Os detalhes da figura são perturbadores, mas intrigantes; O seu rosto desproporcional, com olhos grandes e expressivos, convida-nos a contemplar os terrores ocultos que se escondem nas profundezas da mente. A falta de um contexto claro em termos de espaço e tempo reforça o sentimento de incerteza e mistério. Simbolismo e surrealismo estão interligados nesta obra, que pode ser vista como um manifesto das ansiedades contemporâneas de Redon e da sua exploração da dualidade da existência.

É interessante notar que Redon, conhecido por suas litografias e trabalhos em carvão, utilizou técnicas semelhantes em “O Monstro”, onde o uso da linha se torna um recurso fundamental para delinear a figura e acentuar seu caráter ameaçador. Esta abordagem também reflete a influência do simbolismo, em que imagens evocativas procuram despertar emoções profundas. À medida que o espectador entra na obra, ele é atraído não apenas pela estética assustadora da figura, mas também pelas ressonâncias emocionais que ela provoca.

O desejo de Redon de captar a experiência do místico e do sobrenatural se manifesta nesta obra, onde o “monstro” pode ser interpretado como uma materialização do medo, da criatividade e da angústia. Influenciado pelo seu contexto pessoal e pelos movimentos literários contemporâneos, Redon fez da ambiguidade da sua obra uma assinatura distintiva. “O Monstro”, portanto, constitui-se como um ponto de encontro entre a loucura e a lucidez, um espelho que reflete as complexidades da condição humana.

Concluindo, “O Monstro” não é apenas uma representação visual; É uma viagem ao desconhecido, um questionamento dos limites da percepção e da natureza do medo. A obra de Redon convida-nos a contemplar a existência do monstruoso não apenas como elemento externo, mas como aspecto intrínseco da nossa própria realidade. Através desta criação, Redon não só reafirma o seu estatuto como figura central do simbolismo, mas também nos lembra que nas sombras das nossas ansiedades podem estar as verdades mais profundas da nossa existência.

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