A xícara de chá (café da manhã após o banho) - 1883


tamanho (cm): 55x75
Preço:
Preço de venda¥40,600 JPY

Descrição

A obra “A xícara de chá (café da manhã depois do banho)”, de Edgar Degas, realizada em 1883, é um exemplo magistral do estilo e da visão do artista, que é reconhecido como um dos mestres do impressionismo, embora sua abordagem muitas vezes desafia a categorização estrita dentro deste movimento. Nesta pintura, Degas capta um momento quotidiano, imortalizando a intimidade e vulnerabilidade da figura feminina num ambiente doméstico que evoca serenidade e uma ligeira paragem no tempo.

Ao observar a composição, é possível perceber que a cena está organizada na diagonal com sutil entrelaçamento de formas. A mulher, que se apresenta de perfil, é o elemento central, com a sua figura nua e num momento de relaxamento após o banho. Esta caracterização da mulher, que parece perdida em pensamentos enquanto segura uma xícara de chá, revela um grande foco na psique feminina, tema recorrente na obra de Degas. A luz suave que entra no ambiente banha delicadamente sua figura, atingindo as nuances sutis de sua pele e enfatizando os contornos de seu corpo com uma paleta que inclui agradáveis ​​tons de rosa e pêssego que evocam calor e proximidade.

A escolha das cores na obra é notável. A harmonia criada pelos tons dourados das paredes e dos móveis, aliados ao branco puro da cerâmica da xícara, oferecem um contraste que permite ao espectador focar na figura da mulher e na sua postura contemplativa. Degas usa uma abordagem de pincelada solta que, à primeira vista, pode parecer típica dos impressionistas; Porém, sua técnica denota uma precisão mais calculada. A representação das texturas, desde a pele macia da mulher até ao brilho do objecto que segura, mostra um domínio no tratamento dos detalhes que vai além do meramente visual.

Móveis e elementos do ambiente também desempenham papel essencial na narrativa visual. A construção e disposição dos móveis, observada de forma quase fragmentada, sugere um cotidiano que, embora comum, merece ser celebrado. A presença de um espelho no lado esquerdo da pintura convida o espectador a refletir sobre noções de auto-observação e intimidade dos momentos privados. Esse uso do espelho é um recurso recorrente na obra de Degas, que frequentemente explora a relação entre realidade e percepção.

A figura masculina que aparece nas costas pode parecer um simples voyeur; No entanto, a sua presença acrescenta uma camada de complexidade, sugerindo uma interligação entre os géneros e a dinâmica social da época. Através desta inclusão, Degas pode estar comentando o olhar masculino e a objetificação, embora também sugira um espaço de cumplicidade na vida cotidiana privada.

Esta obra é representativa da abordagem que Degas faz nas suas representações da vida contemporânea, elevando o banal ao sublime. Sua capacidade de capturar o momento fugaz, o brilho da luz natural e os sentimentos sutis dos personagens o estabelecem como um observador atento de sua época. “A Xícara de Chá” é uma obra que convida o espectador a contemplar não só a delicada beleza da figura feminina, mas também a refletir sobre a sua própria relação com a arte e o quotidiano, situações que, na vida moderna, continuam a ser relevantes. Com esta obra, Degas, através da simplicidade de um ato tão quotidiano como beber chá, consegue evocar uma profunda complexidade emocional que transcende o tempo e o contexto.

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