Lâmpada - 1916


Tamanho (cm): 60x75
Preço:
Preço de venda¥42,700 JPY

Descrição

A obra "Lámpara" de Juan Gris, pintada em 1916, situa-se na intersecção entre o cubismo e a modernidade, reflectindo não só o domínio técnico do seu autor, mas também uma profunda contemplação sobre o objecto quotidiano e a luz que o transforma. Juan Gris, um dos mais notáveis ​​expoentes do cubismo, soube reinterpretar os princípios do movimento, introduzindo uma clareza e uma ordem que conferiam às suas obras uma qualidade quase arquitetónica. Em “Lámpara” encontramos um testemunho desta evolução estilística.

A composição da pintura é eminentemente estruturada. A lâmpada fica no centro da tela, mas sua representação não se limita ao simples retrato de um objeto. Em vez disso, Gris quebra a forma e a reorganiza em um conjunto de planos geométricos. Os vários elementos que compõem o candeeiro fundem-se numa sinfonia de formas, onde se entrelaçam cilindros, prismas e triângulos. A perspectiva é deliberadamente multidimensional, convidando o espectador a vivenciar o espaço de uma forma que desafia a percepção convencional.

O uso da cor em “Lamp” é revelador. Ao contrário de algumas paletas mais agressivas de outros cubistas, Gris opta por uma harmonia sutil, com tons que variam entre ocres quentes, cinzas suaves e algumas notas inoportunas de azul. Esta escolha não só enriquece a luminosidade da obra, mas também gera um diálogo entre os elementos. A luz, representada através de cores e formas, torna-se um protagonista crucial, simbolizando tanto o conhecimento quanto a vida cotidiana. A atmosfera que emana da lâmpada parece convidar à contemplação, ao mesmo tempo que sugere o calor do lar.

Quanto aos personagens, “Lámpara” segue a tendência de Gris de evitar a inclusão de figuras humanas em suas composições. Porém, a sugestão de vida e intimidade está presente no ambiente do objeto representado, insinuando a relação entre o ser humano e seus pertences, que são dotados de uma essência quase vital no contexto familiar. Isto poderia refletir um desejo do artista de observar o mundo a partir de uma perspectiva mais introspectiva e menos focada na figura humana, explorando em vez disso a interação dos objetos na vida cotidiana.

Um dos aspectos fascinantes de “Lamp” é como ele encapsula a essência do cubismo sintético, que se caracteriza pela inclusão de texturas e padrões que convidam a uma análise mais profunda da tela. A manipulação de formas e cores dá origem a uma obra que, embora represente um objecto específico, significa muito mais ao evocar experiências quotidianas e a modernidade num determinado momento histórico.

Em suma, “Lâmpada” não é apenas uma representação de um objecto, mas uma reflexão sobre a relação entre luz, forma e espaço no contexto de uma vida em constante mudança. A obra de Juan Gris continua relevante, não apenas como representação do seu tempo, mas como um convite a observar o mundo quotidiano com uma nova perspectiva. A sua capacidade de trazer vida ao inanimado e transformar o mundano em algo extraordinário continua a ser uma prova do dom artístico e da contribuição de Gris para a arte moderna.

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