Galinhas em um pano branco.


Tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de venda¥41,500 JPY

Descrição

Em “Galinhas em um Pano Branco” (1925), Chaim Soutine mostra sua maestria como um dos mais significativos expoentes do expressionismo. A pintura centra-se num grupo de galinhas dispostas ao acaso sobre um fundo de pano branco, um centro de atenção que, longe de ser meramente decorativo, realça a tensão entre o naturalismo e a estilização emocional que caracteriza a sua obra. Soutine, conhecido pela sua capacidade de transformar cenas comuns em explorações vívidas de forma e cor, consegue aqui capturar tanto a essência dos seus temas como uma carga simbólica inegável.

O uso da cor é um dos aspectos mais marcantes deste trabalho. A paleta é composta por tons terracota e ácidos que evocam a vida das galinhas, destacando sua plumagem e texturas. O branco do pano, que funciona como contraponto dramático, provoca uma sensação de imediatismo e tridimensionalidade que convida o espectador a olhar mais de perto. Através do acúmulo de pinceladas grossas e propositais, Soutine consegue dar vida aos seus temas, infundindo-lhes um movimento quase visceral. Esta técnica reforça a sua ligação com a natureza e o momento da captação, enquanto o caos visual se torna uma manifestação da tensão inerente entre o orgânico e o inerte.

Soutine é frequentemente associado ao seu amor pela comida e pela cultura rural, característica que se reflete na sua escolha de motivos. “Galinhas num Pano Branco” não só ilustra um simples conjunto de pássaros, mas também pode ser interpretado como uma exploração do ciclo de vida e morte, de consumo e existência. A representação quase brutal das galinhas – sem idealização, expostas na sua forma mais crua – ressoa com a filosofia existencial que permeia a sua obra.

É interessante notar que ao longo da sua fascinante carreira, Soutine experimentou o retrato, a paisagem e a natureza morta, reunindo todos estes géneros com especial enfoque nas formas e nas cores. Sua busca por capturar emoções por meio da cor e da textura é comparável à de outros pintores modernistas, como Vincent van Gogh, que Soutine admirava. Neste contexto, “Galinhas num Pano Branco” apresenta-se como uma forte representação do estilo característico de Soutine, em que objetos comuns tornam-se ferramentas de exploração emocional e expressão pessoal.

A composição da pintura, ainda, sugere uma dinâmica em que cada pássaro tem uma presença quase individual, o que contribui não só para a composição, mas também para a narrativa da obra. Soutine, com foco em detalhes e formas, utiliza cada pássaro não apenas como tema, mas como parte integrante de um todo que evoca um sentimento de comunidade e ao mesmo tempo um sentimento de isolamento. Esta complexidade nas relações visuais introduz o espectador num diálogo íntimo com a obra, convidando-o a refletir sobre as realidades da vida e da morte que estão indissociavelmente ligadas ao ato de comer e ser comido.

Em suma, “Galinhas num Pano Branco” é uma daquelas obras que, embora aparentemente simples na sua temática, revela-se um estudo profundo da emoção, da vida e da percepção sensorial. A arte de Soutine ultrapassa a fronteira entre o banal e o sublime, e esta pintura é um testemunho da sua capacidade de transformar o quotidiano numa exploração da própria existência.

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