O menino padeiro - 1919


Tamanho (cm): 55x75
Preço:
Preço de venda¥40,500 JPY

Descrição

A pintura "Baker Boy", de Chaim Soutine, de 1919, é um exemplo fascinante da expressão artística associada ao movimento fauvista e ao expressionismo. Nesta obra, Soutine capta não só a essência do seu sujeito, um jovem padeiro, mas também uma palpabilidade emocional que emana da combinação de cor e forma. A figura central, um menino segurando um pão, é apresentada num gesto que implica certa falta de jeito, o que acrescenta uma camada de sinceridade e inocência à representação.

A composição é dinâmica, onde a figura do padeiro se situa num ambiente que parece vibrar com a sua presença. Soutine utiliza uma abordagem quase cubista na construção do fundo, que, embora abstrato, sugere um espaço cotidiano. A interação entre figura e fundo parece orgânica, quase como se o menino fizesse parte do mesmo tecido visual que o rodeia. Esta técnica evoca o estilo característico de Soutine, que muitas vezes distorcia formas e cores para intensificar as emoções e, ao mesmo tempo, capturar a banalidade da vida quotidiana com uma tensão palpável.

O uso da cor em “El Chico Panadero” é um dos seus elementos mais marcantes. Soutine opta por uma paleta rica em tons terrosos, avermelhados e amarelados, sugerindo calor e proximidade. Porém, há também uma saturação que beira a agressividade, característica do Fauvismo que Soutine aplica com maestria. As cores não só definem formas, mas também evocam sentimentos, transportando o espectador para um estado emocional onde coexistem melancolia e realidade.

É relevante mencionar que Soutine muitas vezes se sentia atraído pelos aspectos mais humildes da vida; A sua série de retratos de açougueiros, pastores e trabalhadores revela um profundo interesse pela humanidade na sua forma mais crua. “The Baker Boy” se alinha a esse tema, evidenciando uma conexão com as lutas e alegrias diárias do indivíduo trabalhador que está no centro da tela. Com seu olhar intenso e pose quase estática, o menino parece emanar uma juventude marcadamente honesta, transcendendo a simples representação física em direção à exploração da identidade da classe trabalhadora.

Soutine, com sua abordagem visceral, quebra convenções, buscando não apenas retratar, mas emocionar. Isto o posiciona como um inovador na pintura do século XX, antecipando movimentos posteriores que enfatizariam a subjetividade e a experiência pessoal na prática artística. Ao assistirmos “The Baker Boy”, somos convidados a refletir sobre o significado do trabalho, da juventude e do pertencimento num mundo moderno que começa a afastar-se das suas raízes agrárias e artesanais.

Assim, “The Baker Boy” não é apenas o retrato de um jovem trabalhador, mas também um comentário visual sobre a vida quotidiana e o papel do indivíduo na sociedade. A obra desafia o espectador a envolver-se não só com a imagem, mas com o contexto emocional e cultural que está subjacente a cada pincelada, a cada cor e a cada forma. Nesta tela, Soutine consegue estabelecer um diálogo profundo entre o espectador, o sujeito e o seu ambiente, mantendo viva a centelha de uma arte que permanece tão relevante hoje como era em 1919.

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